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Detido na Lava Jato, sócio da Ecoglobal depõe na PF

Operação investiga esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo quatro doleiros de ampla atuação no País


	Brasão da Polícia Federal: condução do empresário para prestar depoimento faz parte de um dos 21 mandados de busca, apreensão e prisão que a PF cumpre hoje
 (Wikimedia Commons)

Brasão da Polícia Federal: condução do empresário para prestar depoimento faz parte de um dos 21 mandados de busca, apreensão e prisão que a PF cumpre hoje (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h23.

Brasília - Sócio majoritário da Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços, o empresário Vladimir Magalhães da Silveira foi levado pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 11, para prestar depoimento na Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo quatro doleiros de ampla atuação no País.

A condução do empresário para prestar depoimento faz parte de um dos 21 mandados de busca, apreensão e prisão que a PF cumpre hoje, dentro da segunda fase da operação. Essa fase, segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou, tem como foco as relações do esquema criminoso com a Petrobras.

A Petrobras contratou a Ecoglobal pelo menos duas vezes. Em abril de 2009, a estatal fechou um contrato de R$ 9,5 milhões para serviços técnicos especializados de recuperação de efluentes. Em janeiro de 2010, a petroleira contratou a mesma empresa para serviços de tratamento e descarte de água oleosa, por R$ 4,8 milhões.

O empresário será liberado após prestar depoimento. O Estado tentou contato com a empresa, mas ninguém quis falar sobre o assunto. A Polícia Federal estaria investigando um contrato específico entre a Ecoglobal e a Petrobras que não teria se tornado público.

Os mandados de hoje estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Macaé e Niterói e inclui duas prisões temporárias, quatro conduções coercitivas - quando a pessoa é levada apenas para prestar depoimento - e 15 buscas e apreensões.

Além do empresário, um casal que teria relações com o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também foi levado pela PF para prestar depoimento hoje. Youssef e Paulo Roberto estão presos desde o final de março em Curitiba (PR). A nova fase da Operação Lava-Jato ocorre a quatro dias do prazo final da Justiça para que o inquérito seja relatado.

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