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Desempenho na Copa influencia eleição, diz historiador

Segundo especialistas e até dirigentes do PT, a performance da seleção brasileira dentro das quatro linhas também costuma ter impacto no resultado das urnas

Seleção brasileira: percepção de que resultado do Brasil em campo é elemento importante da corrida eleitoral também tem adeptos na direção do PT (Clive Brunskill / Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 14h52.

São Paulo - Não são apenas os protestos do movimento #naovaitercopa, atrasos em obras e ameaças de violência durante a Copa do Mundo que podem influenciar o desempenho eleitoral da presidente Dilma Rousseff na sua tentativa de reeleição.

Segundo especialistas e até dirigentes do PT, a performance da seleção brasileira dentro das quatro linhas também costuma ter impacto no resultado das urnas.

"O desempenho da seleção certamente terá influência sobre o humor do eleitorado. Na segunda fase podemos pegar Holanda ou Espanha, dois times fortes. Se o Brasil cair logo no começou isso vai abrir um vazio até o final do torneio", disse o historiador Flavio de Campos, professor da USP e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (Ludens).

"Por outro lado, se a seleção for bem, o governo e o PT podem colher dividendos eleitorais", afirmou o historiador.

Segundo Campos, antes dos protestos de junho todos os governantes associaram seus nomes ao torneio, mas a tendência é que a parte maior da fatura seja debitada na conta de Dilma e do PT. "O tiro saiu pela culatra. Mas se algo der errado o prejuízo maior será do PT porque tanto a Copa quanto os Jogos Olímpicos foram apresentados como conquistas do governo Lula", completou.

Para Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas, a vitória do Brasil na Copa das Confederações ajudou a acalmar o ânimo nas ruas. Ele coordenou uma pesquisa nacional mostrando que, enquanto 79% dos entrevistados aprovam os protestos de junho de 2013, apenas 47% estariam disposto a ir para as ruas durante a Copa.

‘Gigante’

Campos notou que a linguagem dos estádios deu o tom das manifestações de junho, o que mostra a importância do futebol como fator de identidade cultural do povo brasileiro. Um exemplo seria o grito "o gigante acordou" ouvido durante as manifestações de junho e que a partir da vitória do Brasil na Copa das Confederações ganhou um contraponto vindo das arquibancadas: "o campeão voltou".

A percepção de que o resultado do Brasil em campo é um elemento importante da corrida eleitoral também tem adeptos na direção do PT. "Se a seleção ganhar vai ser ótimo para Dilma e para o PT. Mas se perder logo no início vai ser uma catástrofe", avalia o dirigente petista Francisco Rocha, o Rochinha, integrante da direção nacional do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Não são apenas os protestos do movimento #naovaitercopa, atrasos em obras e ameaças de violência durante a Copa do Mundo que podem influenciar o desempenho eleitoral da presidente Dilma Rousseff na sua tentativa de reeleição.

Segundo especialistas e até dirigentes do PT, a performance da seleção brasileira dentro das quatro linhas também costuma ter impacto no resultado das urnas.

"O desempenho da seleção certamente terá influência sobre o humor do eleitorado. Na segunda fase podemos pegar Holanda ou Espanha, dois times fortes. Se o Brasil cair logo no começou isso vai abrir um vazio até o final do torneio", disse o historiador Flavio de Campos, professor da USP e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (Ludens).

"Por outro lado, se a seleção for bem, o governo e o PT podem colher dividendos eleitorais", afirmou o historiador.

Segundo Campos, antes dos protestos de junho todos os governantes associaram seus nomes ao torneio, mas a tendência é que a parte maior da fatura seja debitada na conta de Dilma e do PT. "O tiro saiu pela culatra. Mas se algo der errado o prejuízo maior será do PT porque tanto a Copa quanto os Jogos Olímpicos foram apresentados como conquistas do governo Lula", completou.

Para Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas, a vitória do Brasil na Copa das Confederações ajudou a acalmar o ânimo nas ruas. Ele coordenou uma pesquisa nacional mostrando que, enquanto 79% dos entrevistados aprovam os protestos de junho de 2013, apenas 47% estariam disposto a ir para as ruas durante a Copa.

‘Gigante’

Campos notou que a linguagem dos estádios deu o tom das manifestações de junho, o que mostra a importância do futebol como fator de identidade cultural do povo brasileiro. Um exemplo seria o grito "o gigante acordou" ouvido durante as manifestações de junho e que a partir da vitória do Brasil na Copa das Confederações ganhou um contraponto vindo das arquibancadas: "o campeão voltou".

A percepção de que o resultado do Brasil em campo é um elemento importante da corrida eleitoral também tem adeptos na direção do PT. "Se a seleção ganhar vai ser ótimo para Dilma e para o PT. Mas se perder logo no início vai ser uma catástrofe", avalia o dirigente petista Francisco Rocha, o Rochinha, integrante da direção nacional do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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