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Deputados do PMDB querem tirar Jucá da presidência da sigla

O deputado Vitor Valim (PMDB-CE) afirmou que parte de seus correligionários estão "constrangidos" com a direção partidária

Romero Jucá: Jucá, presidente nacional do partido, assim como outros dirigentes peemedebistas, são citados em delações no âmbito da Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

Romero Jucá: Jucá, presidente nacional do partido, assim como outros dirigentes peemedebistas, são citados em delações no âmbito da Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 18h03.

Última atualização em 7 de março de 2017 às 18h15.

Brasília - Ao menos três deputados do PMDB apoiam minuta de carta redigida pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) que pede o afastamento de dirigentes partidários que estejam sob a mira de acusações no âmbito da operação Lava Jato, caso do presidente da sigla, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Segundo o deputado, trata-se de uma minuta, ainda em fase de discussão dentro da bancada, que não pode ser encarada como uma decisão "definitiva". Ainda assim, ela deve ser levada para discussão interna na sigla.

"Vamos ver se vai conquistar mais apoio", disse Marun.

Mais cedo, na fase de discursos da sessão da Câmara, o deputado Vitor Valim (PMDB-CE), afirmou que parte de seus correligionários estão "constrangidos" com a direção partidária.

"Senador Romero Jucá, eu não falo aqui somente em meu nome, deputado Vitor Valim, e sim em nome de dezenas de parlamentares do PMDB e de senadores que estão constrangidos com a maneira com que Vossa Excelência vem conduzindo o partido... saia da presidência", disse o deputado, segundo em notas taquigráficas registradas no sistema da Câmara.

Jucá, presidente nacional do partido, assim como outros dirigentes peemedebistas, são citados em delações no âmbito da Lava Jato.

A minuta defende que "deveriam se afastar do comando nacional do partido e de seus órgãos nacionais auxiliares todos aqueles sobre quem pesam acusações/factíveis no âmbito da operação Lava Jato, até para que os mesmos possam se dedicar às suas defesas".

Sobre a permanência de investigados no governo, a minuta afirma que depende do presidente Michel Temer.

No mês passado, Temer anunciou que ministro denunciado no âmbito da Lava Jato será afastado provisoriamente e caso se torne réu o afastamento será definitivo.

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