O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, presta depoimento em CPI na Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 13h37.
Brasília - O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) afirmou na reunião da CPI da Petrobras que irá convocar a mulher do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso na Operação Lava Jato, para inquiri-la sobre as denúncias de corrupção envolvendo seu marido.
Conforme o deputado, é de "conhecimento público" que Maria Auxiliadora Tiburcio Duque procurou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ameaças quando seu marido foi preso pela primeira vez, no final do ano passado, pela Lava Jato.
"Após essa conversa, o Renato Duque foi solto", afirmou o parlamentar.
Segundo o deputado, Maria Auxiliadora pode dar à CPI os esclarecimentos que seu marido se recusa a fazer, uma vez que compartilha a vida com ele.
Duque está se recusando a responder aos questionamentos da CPI da Petrobras.
A assessoria do ex-diretor já negou ao jornal O Estado de S.Paulo a informação de que Maria Auxiliadora procurou o ex-presidente Lula para ameaçar revelar o que sabe, caso o marido não fosse solto.
O Instituto Lula também já disse que não comentaria sobre o assunto.
O presidente do instituto, Paulo Okamoto, afirmou à reportagem que não tem conhecimento de reunião entre o petista e a mulher de Duque.
Conforme o jornal O Estado de S.Paulo apurou, Maria Auxiliadora teria procurado o ex-presidente para afirmar que se o marido continuasse preso, ele não faria delação premiada, mas ela, sim, contaria o que sabe.
Duque foi indicado para o comando da Petrobras pelo PT.
Conforme as investigações da Lava Jato, a diretoria de Serviços, que comandava, repassava um porcentual dos contratos fechados para o partido.