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Depois de três dias fechadas, passarelas das Cataratas do Iguaçu são reabertas

As cataratas - do lado argentino e brasileiro - são famosas por terem o título de o maior conjunto de quedas d’água do mundo

O grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias assustou, mas ao mesmo tempo proporcionou imagens deslumbrantes das paisagens (Kiko Sierich/Getty Images)

O grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias assustou, mas ao mesmo tempo proporcionou imagens deslumbrantes das paisagens (Kiko Sierich/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2022 às 13h06.

Depois de permanecerem fechadas por três dias, as passarelas das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, próximas às quedas d’água, foram reabertas no sábado, 15, após a realização de vistoria. Na quarta-feira passada, 12, quando o volume de água bateu a marca de 11 milhões de litros por segundo, quase sete vezes acima da média, o Parque Nacional do Iguaçu decidiu interditar o trajeto de acesso à Garganta do Diabo.

As cataratas - do lado argentino e brasileiro - são famosas por terem o título de o maior conjunto de quedas d’água do mundo. O grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias assustou, mas ao mesmo tempo proporcionou imagens deslumbrantes das paisagens.

De acordo com a Metsul, a cheia do Rio Iguaçu aumentou a vazão das Cataratas a níveis raramente vistos nos últimos anos. Na quinta-feira, 13, a vazão de água bateu novo recorde e chegou a 16,5 milhões de litros por segundo. No dia anterior, a vazão de água chegou a 13,7 milhões de litros por segundo. De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que faz o monitoramento do fluxo de água na região, o volume considerado normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.

Segundo a MetSul, esta é considerada a segunda maior vazão das quedas desde o início da medição feita pela Copel. Em 2014, foram mais de 47 milhões de litros por segundo, informou a companhia. Em volume menor, em junho deste ano, o fluxo havia alcançado 10,4 milhões de litros por segundo.

Já o pior período de seca ocorreu em maio de 1978, quando foi registrada vazão de 114 mil litros de água por segundo. Conforme a MetSul, as medições antes de 1997, quando a Copel deu início a sua série histórica, eram feitas por outros órgãos com dados existentes desde 1949.

Chuvas deixam ao menos cinco mortos no Paraná

A Defesa Civil confirma que cinco pessoas morreram em razão das fortes chuvas, entre elas duas crianças. Elas tinham desaparecido em Pato Branco, após o carro em que estavam ser levado por uma corrente de água. Uma pessoa permanece desaparecida.

Na sexta-feira, 14, o governador em exercício Darci Piana decretou situação de emergência nas regiões oeste, sudoeste, centro-sul e sudeste do estado.

De acordo com o governo do Paraná, até o momento, 14,8 mil pessoas foram diretamente afetadas. Deste total, 96 permanecem desalojadas e 80 estão desabrigadas. Ao menos, 1,4 mil casas foram danificadas em diversas regiões do Estado.

Desde segunda-feira, 10, a Defesa Civil alerta sobre a possibilidade de chuvas intensas, principalmente no oeste e sudoeste do Estado. Conforme último balanço divulgado até sábado 15, ao menos 35 municípios foram atingidos por eventos severos que incluíram enxurradas e alagamentos.

As cidades mais afetadas são: Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Vitorino, São Miguel do Iguaçu, Santa Izabel do Oeste e Pato Branco.

As chuvas também provocaram o deslizamento de pedras na BR 277, em Morretes. A ocorrência provocou o bloqueio de um trecho de um quilômetro da pista sentido do litoral, com desvio do tráfego para uma das faixas no sentido de Curitiba. Ainda há risco de deslizamentos.

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