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Denúncia contra Ronan inclui dono do Frigorífico Bertin

Metade dos valores de empréstido feito pelo PT foi parar em contas do empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC

Irmãos Bertin: ouvido pela Lava Jato, Natalino Bertin negou o conhecimento da transação de recebimento dos valores na conta do frigorífico (FREDERIC JEAN/Forbes)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 17h39.

Curitiba e São Paulo - O empresário Natalino Bertin foi denunciado na Operação Lava Jato pelo uso de suas contas para movimentação de R$ 12 milhões emprestados pelo PT de forma fraudulenta, em 2004, no Banco Schahin via pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Metade desses valores foi parar em contas do empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC.

O empréstimo nunca foi pago formalmente, tendo sido quitado com um contrato de US$ 1,6 bilhão dirigido pela Petrobras para o Grupo Schahin, via esquema de corrupção alvo da Lava Jato.

Em 2009, o Grupo Schahin foi contratado sem licitação pela estatal petrolífera para operar o navio sonda Vitória 10000.

"Ao receber o dinheiro do Banco Schahin, Bumlai, com o objetivo de quebrar o rastro direto dos recursos ilícitos, procurou Natalino Bertin, então presidente do Frigorífico Bertin, solicitando auxílio na intermediação dos valores até os destinatários finais. Além de afastar ainda mais o dinheiro da sua fonte ilícita, a utilização da Frigorífico Bertin tinha a finalidade de misturar os ativos ilícitos com os recursos lícitos auferidos na regular atividade comercial da empresa (commingling)", informa a denúncia apresentada nesta sexta-feira, 6, contra Bertin e o empresário Rona Maria Pinto, principal alvo da ação penal.

"Cabe ressalta que o Frigorífico Bertin era uma empresa de grande porte, possuindo uma gigantesca movimentação financeira que não despertaria a atenção das autoridades fiscais tributárias."

Bumlai confessou que tomou o empréstimo de R$ 12 milhões em nome do PT. Ele citou o ex-secretário do PT Silvio Pereira, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e outros nomes do partido.

O pecuarista "admitiu a operacionalização dos valores em favor do Partido dos Trabalhadores, mencionando que pediu auxílio de Natalino Bertin para realizar a transferência ilícita para os destinatários finais".

Ouvido pela Lava Jato, Natalino Bertin negou o conhecimento da transação de recebimento dos valores na conta do frigorífico.

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Curitiba e São Paulo - O empresário Natalino Bertin foi denunciado na Operação Lava Jato pelo uso de suas contas para movimentação de R$ 12 milhões emprestados pelo PT de forma fraudulenta, em 2004, no Banco Schahin via pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Metade desses valores foi parar em contas do empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC.

O empréstimo nunca foi pago formalmente, tendo sido quitado com um contrato de US$ 1,6 bilhão dirigido pela Petrobras para o Grupo Schahin, via esquema de corrupção alvo da Lava Jato.

Em 2009, o Grupo Schahin foi contratado sem licitação pela estatal petrolífera para operar o navio sonda Vitória 10000.

"Ao receber o dinheiro do Banco Schahin, Bumlai, com o objetivo de quebrar o rastro direto dos recursos ilícitos, procurou Natalino Bertin, então presidente do Frigorífico Bertin, solicitando auxílio na intermediação dos valores até os destinatários finais. Além de afastar ainda mais o dinheiro da sua fonte ilícita, a utilização da Frigorífico Bertin tinha a finalidade de misturar os ativos ilícitos com os recursos lícitos auferidos na regular atividade comercial da empresa (commingling)", informa a denúncia apresentada nesta sexta-feira, 6, contra Bertin e o empresário Rona Maria Pinto, principal alvo da ação penal.

"Cabe ressalta que o Frigorífico Bertin era uma empresa de grande porte, possuindo uma gigantesca movimentação financeira que não despertaria a atenção das autoridades fiscais tributárias."

Bumlai confessou que tomou o empréstimo de R$ 12 milhões em nome do PT. Ele citou o ex-secretário do PT Silvio Pereira, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e outros nomes do partido.

O pecuarista "admitiu a operacionalização dos valores em favor do Partido dos Trabalhadores, mencionando que pediu auxílio de Natalino Bertin para realizar a transferência ilícita para os destinatários finais".

Ouvido pela Lava Jato, Natalino Bertin negou o conhecimento da transação de recebimento dos valores na conta do frigorífico.

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