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Delator do PCC é morto em tiroteio no Aeroporto de Guarulhos; outras quatro pessoas são baleadas

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, corretor de criptomoedas e delator do PCC, foi executado no Aeroporto Internacional

Ação resultou em quatro pessoas baleadas (Reprodução/ X)

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Agência o Globo
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Publicado em 8 de novembro de 2024 às 19h28.

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O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, envolvido em esquemas de criptomoedas e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto em um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde desta sexta-feira, 8. O tiroteio deixou quatro pessoas feridas, incluindo o empresário, que não resistiu.

O confronto armado envolveu criminosos do PCC e policiais, e o Corpo de Bombeiros foi acionado. Segundo o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, Gritzbach estava ameaçado de morte pela facção criminosa devido a uma série de acusações feitas contra o grupo em sua delação premiada, homologada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em abril deste ano.

Gritzbach, que atuava como corretor de criptomoedas, era acusado de desviar cerca de R$ 100 milhões do PCC, verba que, segundo a facção, seria destinada a investimentos em criptoativos. Em 2021, ele foi alvo de um "tribunal do crime" do PCC, onde foi mantido sob tortura por 9 horas e liberado com a promessa de reaver o valor desviado.

Histórico de ameaças e acusações de lavagem de dinheiro

Em seu depoimento ao MPSP, Gritzbach detalhou o envolvimento de empresários e agentes do futebol em um esquema de lavagem de dinheiro para o PCC, incluindo o agente Danilo Lima de Oliveira, o "Tripa", da Lion Soccer Sports. Tripa teria ordenado que Gritzbach se despedisse da família sob ameaça de ser esquartejado.

A facção ainda o acusava de envolvimento na morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, em 2021, elevando a tensão entre Gritzbach e o PCC.

O tiroteio desta sexta-feira evidenciou os riscos enfrentados por delatores em esquemas de organizações criminosas. O DHPP segue as investigações para apurar os detalhes da ação, que terminou com os atiradores fugindo do local em um Gol preto, abandonado nos arredores do aeroporto.

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