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Delator cita R$ 37 milhões para casal de marqueteiros

Segundo Hilberto Mascarenhas, o valor destinado a João Santana e Monica Moura inicialmente seria repassado pela Odebrecht

João Santana: a referência ao pagamento consta de e-mail trocado por executivos da Odebrecht (Rodolfo Buhrer/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2017 às 14h30.

O delator Hilberto Mascarenhas, ex-executivo da Odebrecht , que chefiava o chamado "departamento da propina" do grupo, afirmou à Operação Lava Jato que "Açougueiro" pagou R$ 37 milhões ao casal de marqueteiros do PT João Santana e Monica Moura. O valor, segundo o ex-executivo, inicialmente seria repassado pela empreiteira.

Mascarenhas prestou depoimento à Lava Jato no dia 15 de dezembro do ano passado. Questionado sobre quem seria o "Açougueiro", porém, o ex-executivo disse não saber. "Não sei. Eu fiz uma ilação, acho até de certa forma sem nenhuma base, que seria algum executivo da JBS", afirmou.

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A referência ao pagamento consta de e-mail trocado por executivos da Odebrecht em 5 de julho de 2014. A mensagem foi enviada por Marcelo Odebrecht, então presidente do grupo, para Alexandrino Alencar, com cópia para Cláudio Melo Filho, Hilberto Mascarenhas, Luiz Bueno e Benedicto Júnior, todos executivos da empreiteira na época.

No início do mês, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Lato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou as delações premiadas de João Santana, Monica Moura e do funcionário do casal André Reis Santana. A homologação do acordo foi feita pelo ministro porque os delatores citaram em seus relatos políticos com foro privilegiado.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoDelação premiadaNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

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