O ex-presidente Lula, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do partido, Rui Falcão, durante o 5º Congresso Nacional do PT (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2015 às 14h20.
Salvador - A pedido do Planalto, a corrente de Lula e o grupo do presidente do PT, Rui Falcão, conseguiram retirar da resolução política do 5º Congresso do partido a defesa da CPMF, o imposto do cheque, depois que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, revelou as negociações em curso com governadores e prefeitos para criar um modelo de financiamento do setor.
Chioro foi desautorizado por Levy, e o PT suprimiu a referência à CPMF na Carta de Salvador, para não tirar o protagonismo de governadores e prefeitos que querem o tributo, mas não podem parecer a reboque dos petistas.
Gritos contra o ajuste fiscal, com pedidos de recontagem de votos, marcaram as disputas entre as correntes no plenário. "A CUT tem razão. Ajuste é recessão!", bradavam os militantes.
"A partir de agora, o governo precisa fazer um movimento para aqueles que estão no andar de baixo", afirmou o secretário de Comunicação do PT, deputado José Américo Dias, ao defender a emenda "Para Além do Mercado", que classificava o ajuste como "unilateral".