Defesa aprova participação de Costa na CPI da Petrobras
Segundo advogado, participação será uma boa oportunidade para esclarecer as questões que "têm sido colocadas de forma deturpada"
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 21h39.
Rio de Janeiro - Para a defesa do ex-diretor Paulo Roberto Costa, a participação na CPI da Petrobras , no Senado , "será uma boa oportunidade para esclarecer as questões que têm sido colocadas de forma deturpada".
A avaliação é do advogado Nélio Machado. Segundo ele, a orientação é para que o cliente "fale sobre tudo".
"Abreu e Lima, Pasadena e também a relação com esse 'personagem' (Alberto Youssef) que citam na denúncia. Depois do que Paulo Roberto passou, acredito que até fará bem para ele falar. Ele está muito consistente, não há qualquer ponto que suscite insegurança", afirma o advogado.
"As decisões eram colegiadas e isso será dito", acrescentou.
Nélio Machado ainda negou as acusações formuladas pela Polícia Federal sobre as relações entre o ex-diretor da Petrobras e Alberto Youssef. Segundo ele, não há "qualquer relação espúria entre os dois".
"Estão fazendo de um episódio secundário algo extraordinário, midiático. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal é precipitada, sem conteúdo e repleta de ilações sem fundamento. É uma peça de ficção", classificou.
Segundo dados da consultoria Economática, a estatal perdeu 12 bilhões de reais no mês passado na bolsa brasileira, período no qual o Ibovespa recuou 1,14%. Boa parte da queda é atribuída aos maus resultados de 2013 apresentados pela empresa.
No final de fevereiro, o valor de mercado da estatal era de 172,8 bilhões de reais.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.