CUT programa protestos contra autonomia do BC
Ligada ao PT, a CUT pretende realizar ações paralelas em frente às representações do Banco Central no Rio, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 17h37.
Brasília - A Central Única dos Trabalhadores ( CUT ) promete fazer uma mobilização nesta quinta, 2, na aAvenida Paulista, em São Paulo, contra a proposta de autonomia do Banco Central defendida pela candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva.
Ligada ao PT, a CUT pretende realizar ações paralelas em frente às representações do BC no Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre.
Faltando três dias para o primeiro turno, o braço sindical do PT diz que o protesto tem como objetivo "defender o fortalecimento do papel dos bancos públicos".
O ato terá participação também do Comando Nacional dos Bancários (Contraf), de sindicatos filiados e movimentos sociais.
O assunto é um dos principais pontos atacados pela campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff contra a adversária do PSB.
Uma das inserções veiculadas na TV mostrava uma família sentada ao redor de uma mesa de refeição e a comida sendo retirada à medida que um narrador falava das supostas consequências da autonomia do BC.
Os advogados do PSB recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a suspensão da propaganda por considerar que a abordagem era "terrorismo eleitoral", mas não conseguiram barrar a inserção.
Em nota, a CUT alega que a medida defendida por Marina "significa tirar das mãos do Estado e entregar ao mercado o controle democrático da política econômica de regular os bancos e de impedir abusos contra o consumidor e ataques contra a economia".
"A proposta também reduz a importância do papel dos bancos públicos, que dão aporte a políticas públicas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Minha Casa, Minha Vida", emenda a central sindical.
A CUT considera "lamentável" que candidatos assumam bandeiras consideradas "neoliberais" e que são defendidas por bancos privados e pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).