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CUT diz que não faz parte de coalizão liderada por Abimaq

A central informou que não faz parte da coalizão anunciada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e não autoriza o uso de seu nome

Membros da CUT em manifestação em Brasília (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 20h03.

São Paulo - A Central Única dos Trabalhadores ( CUT ) informou nesta segunda-feira, 6, por meio de sua assessoria de imprensa, que não faz parte da Coalizão Indústria-Trabalho anunciada hoje em um movimento liderado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a assessoria, a CUT enviou um e-mail à presidência da Abimaq em 27 de março avisando que não participaria do ato e que não autorizava o uso do nome e do logo da entidade.

O material enviado à imprensa, com os detalhes do evento, citava a participação da CUT.

Na coletiva de imprensa na tarde de hoje, o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, disse que a CUT estava na coalizão e que não sabia o motivo da ausência de representantes da central no evento.

"A CUT faz parte da coalizão, não sei por que não estão aqui. Perguntem a eles", afirmou Pastoriza.

Contatado pela reportagem, Pastoriza admitiu que houve um erro na comunicação do evento. Pastoriza ressaltou que, no início das negociações para a coalizão, houve a participação de dirigentes da CUT e pessoas ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um dos mais importantes da central.

"Isso pode ser fruto de um desentendimento interno deles também", disse o presidente da Abimaq ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado.

O secretário-geral da confederação nacional dos metalúrgicos da CUT, João Cayre, confirmou a reportagem que houve pessoas ligadas à CUT, mas apenas na primeira reunião sobre essa mobilização. Ele disse que a entidade estava preocupada com a situação da Petrobras e o efeito cascata sobre a indústria.

"Depois da primeira reunião, decidimos não ir mais, até porque as conversas com o governo passaram a caminhar", afirmou. Cayre disse também que houve incômodo com a presença na primeira reunião de "um certo deputado" - em referência a Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, que tem criticado o governo abertamente e apoiado as manifestações de rua contra Dilma.

A CUT tem feito manifestações paralelas - mais uma está marcada para amanhã, 7, em todo o País - com críticas aos ajustes fiscais e a restrições de benefícios trabalhistas, mas fazendo uma defesa do legado petista e "da democracia", em um contraponto aos clamores por impeachment de Dilma por algumas parcelas da sociedade.

"Se é pra fazer partidarização do movimento, temos que discutir em outro lugar", disse Cayre sobre a participação de Paulinho.

Nesta segunda-feira, Paulinho apareceu de surpresa no evento e discursou, quebrando o protocolo de um ato classificado pelos organizadores como "apartidário". Paulinho não chegou a citar Dilma, mas fez críticas diretas ao governo.

Houve também distribuição de panfletos do Solidariedade chamando para as manifestações contra o governo no domingo, 12.

O evento de hoje reuniu ao menos 39 entidades industriais e três centrais - Força Sindical (ligada a Paulinho, que é presidente licenciado da entidade), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB). Eles lançaram a coalizão e um manifesto que alerta o governo e a sociedade sobre o que classificam como processo de desmonte da indústria de transformação.

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Segundo a assessoria, a CUT enviou um e-mail à presidência da Abimaq em 27 de março avisando que não participaria do ato e que não autorizava o uso do nome e do logo da entidade.

O material enviado à imprensa, com os detalhes do evento, citava a participação da CUT.

Na coletiva de imprensa na tarde de hoje, o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, disse que a CUT estava na coalizão e que não sabia o motivo da ausência de representantes da central no evento.

"A CUT faz parte da coalizão, não sei por que não estão aqui. Perguntem a eles", afirmou Pastoriza.

Contatado pela reportagem, Pastoriza admitiu que houve um erro na comunicação do evento. Pastoriza ressaltou que, no início das negociações para a coalizão, houve a participação de dirigentes da CUT e pessoas ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um dos mais importantes da central.

"Isso pode ser fruto de um desentendimento interno deles também", disse o presidente da Abimaq ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado.

O secretário-geral da confederação nacional dos metalúrgicos da CUT, João Cayre, confirmou a reportagem que houve pessoas ligadas à CUT, mas apenas na primeira reunião sobre essa mobilização. Ele disse que a entidade estava preocupada com a situação da Petrobras e o efeito cascata sobre a indústria.

"Depois da primeira reunião, decidimos não ir mais, até porque as conversas com o governo passaram a caminhar", afirmou. Cayre disse também que houve incômodo com a presença na primeira reunião de "um certo deputado" - em referência a Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, que tem criticado o governo abertamente e apoiado as manifestações de rua contra Dilma.

A CUT tem feito manifestações paralelas - mais uma está marcada para amanhã, 7, em todo o País - com críticas aos ajustes fiscais e a restrições de benefícios trabalhistas, mas fazendo uma defesa do legado petista e "da democracia", em um contraponto aos clamores por impeachment de Dilma por algumas parcelas da sociedade.

"Se é pra fazer partidarização do movimento, temos que discutir em outro lugar", disse Cayre sobre a participação de Paulinho.

Nesta segunda-feira, Paulinho apareceu de surpresa no evento e discursou, quebrando o protocolo de um ato classificado pelos organizadores como "apartidário". Paulinho não chegou a citar Dilma, mas fez críticas diretas ao governo.

Houve também distribuição de panfletos do Solidariedade chamando para as manifestações contra o governo no domingo, 12.

O evento de hoje reuniu ao menos 39 entidades industriais e três centrais - Força Sindical (ligada a Paulinho, que é presidente licenciado da entidade), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB). Eles lançaram a coalizão e um manifesto que alerta o governo e a sociedade sobre o que classificam como processo de desmonte da indústria de transformação.

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