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Cunha x Moro; Caos no ES…

Caos no Espírito Santo Com a Polícia Militar em greve desde o último sábado, o caos se instalou no Espírito Santo. Já foram registradas pelo menos 75 mortes e 200 saques a lojas nos últimos quatro dias. A população evita sair às ruas, e vídeos de violência pipocam nas redes sociais. Foram enviados 1.000 homens […]

ESPÍRITO SANTO: Militares prendem suspeitos de cometer crimes em Vitória / Paulo Whitaker/Reuters

ESPÍRITO SANTO: Militares prendem suspeitos de cometer crimes em Vitória / Paulo Whitaker/Reuters

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 18h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Caos no Espírito Santo

Com a Polícia Militar em greve desde o último sábado, o caos se instalou no Espírito Santo. Já foram registradas pelo menos 75 mortes e 200 saques a lojas nos últimos quatro dias. A população evita sair às ruas, e vídeos de violência pipocam nas redes sociais. Foram enviados 1.000 homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional para ajudar a manter a ordem, e moradores estão protestando em frente aos quartéis pedindo a volta ao trabalho da PM. Como os policiais não podem protestar por causa do Código Penal Militar, os familiares fazem manifestações pedindo aumento do salário, vale-alimentação, adicional noturno e adicional por periculosidade. A Polícia Civil deve votar uma nova greve na próxima quinta-feira.

“Muito boa”

O presidente Michel Temer, que indicou nesta terça-feira o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o Supremo Tribunal Federal, disse que a repercussão da indicação foi “muito boa”. O presidente disse que não sabe como a opinião pública está recebendo, mas que “no Supremo, entre advogados, no Senado, a recepção foi muito boa”. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Quando perguntado se poderia ser julgado pelo ministro que indicou, caso seja envolvido na Lava-Jato, Temer disse, sorrindo: “Mas você está querendo dizer que eu vou ser processado no Supremo? Não entendi sua pergunta”. Temer não responde a processo, mas foi citado na delação da Odebrecht.

Cunha de frente com Moro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ficou pela primeira vez frente a frente com o juiz federal Sergio Moro. Cunha, que está preso desde outubro de 2016, entrou na sala de audiência com um calhamaço de papéis para apresentar a Moro. Entre os papéis estava uma carta de dez páginas escrita a mão pelo ex-deputado na penitenciária onde está. Na carta, ele declara ter aneurisma, o mesmo problema que matou a ex-primeira-dama Marisa Letícia, e pede a liberdade. Cunha foi ouvido sobre uma das ações que responde, na qual ele teria recebido 5 milhões de reais na Suíça referentes à propina sobre a aquisição de um poço de petróleo feita pela Petrobras na África. O Ministério Público também investiga a participação da mulher do ex-deputado, Cláudia Cruz, no esquema.

“Falhas na perícia”

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos apontando falhas na perícia feita pela Polícia Federal. A perícia foi feita nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, além de documentos contratados pela campanha da ex-presidente em 2014. A PF apontou que houve pagamentos irregulares para as empresas que teriam sido desviados para a própria campanha e também para pessoas físicas. Além disso, as empresas não prestaram os serviços pelos quais foram contratadas. A defesa de Dilma pede que a perícia seja refeita.

Discutir as pressões

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta terça-feira que o Supremo tem de discutir as prisões determinadas pelo juiz Sergio Moro. “Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre este tema que conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao longo desses anos”, disse Mendes. O ministro disse isso na primeira sessão de Edson Fachin como relator da Lava-Jato e, assim como os outros ministros, votou contra a soltura de João Claudio Genu.

“Erro histórico”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Supremo que seja revista a decisão que suspendeu sua nomeação e posse como ministro-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff. Ele tratou o caso como um “erro histórico”. Na época, a nomeação foi suspensa por uma liminar de Gilmar Mendes. A nova manifestação de Lula aconteceu depois da nomeação, por Michel Temer, de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O partido Rede Sustentabilidade pediu a anulação da nomeação de Franco, alegando que ela aconteceu às pressas, como a de Lula, e apenas “com o único intuito de conferir-lhe foro por prerrogativa de função”.

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