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Cunha será investigado por corrupção e lavagem de dinheiro

No depoimento do Paulo Roberto Costa, presidente da Câmara aparece como beneficiário do esquema. Ele teria recebido dinheiro de um aluguel de navio-plataforma


	Eduardo Cunha: presidente da Câmara teria recebido dinheiro de um aluguel de navio-plataforma
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

Eduardo Cunha: presidente da Câmara teria recebido dinheiro de um aluguel de navio-plataforma (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2015 às 10h25.

Brasília - O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) será investigado pela prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado aparece nas delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. No depoimento do ex-diretor da Petrobras, Cunha aparece como beneficiário de Fernando Soares, o Fernando Baiano, operador do PMDB. O presidente da Câmara recebeu dinheiro de um aluguel de navio-plataforma.

As investigações até o momento não contabilizam todo o dinheiro recebido pelo parlamentar; contudo, fala-se em vultosas quantidades de dinheiro. São usadas como indicativos as doações oficiais recebidas por Cunha "de várias empresas que já se demonstrou estarem diretamente envolvidas na corrupção de parlamentares", escreveu o procurador no pedido de abertura de inquérito. É apontada uma doação direta da Camargo Corrêa em setembro de 2010, no valor de R$ 500 mil a Cunha. Além disso, é citado um repasse do Comitê Financeiro do PP diretamente ao deputado no valor de R$ 100 mil em setembro de 2010.

"Embora não tenha como precisar neste momento se os valores mencionados nos termos em questão foram entregues diretamente ao Deputado Federal Eduardo Cunha, fato é que o colaborador Alberto Youssef reiterou, e com razoável detalhamento, que Eduardo Cunha era beneficiário dos recursos e que participou de procedimentos como forma de pressionar o restabelecimento do repasse dos valores que havia sido suspenso, em determinado momento, por Júlio Camargo", diz o pedido de abertura de inquérito enviado pela procuradoria-geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

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