Cunha afirma que não vai deixar Presidência da Câmara
Presidente da Câmara afirmou que qualquer partido tem o "direito democrático" de pedir sua saída, mas que não pretende se afastar
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2015 às 20h46.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou, nesta quarta-feira, 19, que qualquer partido tem o "direito democrático" de pedir sua saída, mas que não pretende se afastar.
"Eu não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar exatamente no exercício pelo qual eu fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno com relação a isso."
Na iminência de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por envolvimento no escândalo de desvios na Petrobras, o parlamentar ainda reagiu a um ofício da PGR encaminhado ao PSOL em que o órgão nega que investigações feitas na Casa tenham tido acesso aos computadores dos 513 deputados.
O PSOL havia encaminhado um pedido de explicações a Janot com base num relato de Cunha de que a ação realizada na Câmara vasculhou dados de todos os parlamentares.
No documento enviado ao partido, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz não só que é inverídica a informação, como classificou a afirmação de Cunha aos líderes partidários de "no mínimo leviana".
Na ocasião, a ação na Casa foi solicitada pela PGR e autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
No dia 4 de maio, Zavascki autorizou que um oficial de Justiça fosse ao Departamento de Informática da Câmara para retirar cópias que pudessem comprovar a autoria de Cunha em um requerimento que poderia ajudar nas investigações referentes ao suposto envolvimento do presidente da Câmara .
Janot respondeu que a ação teve como foco Cunha e a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ).
"A leviandade da declaração reside no fato de que tenta usar como escudo a instituição Câmara dos Deputados - e, pela via da desinformação, seus pares - para atacar o Ministério Público Federal, embora a crítica à diligência seja de interesse exclusivo para a defesa do deputado Eduardo Cunha", declara Janot no ofício enviado ao líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).
Após o PSOL divulgar o conteúdo do ofício, Cunha imediatamente veio a público dizer que recebeu do corpo técnico da Casa a informação de que houve coleta de dados dos 513 deputados e que solicitou a certificação da informação para demonstrar que fala a verdade.
"Se ele (Janot) desprezou os dados e utilizou o que interessava, não significa que quando fizeram a busca e apreensão aqui não coletaram todos os dados. Eles pegaram o sistema inteiro. Isso me foi falado pela área técnica", afirmou.
Cunha avisou que responsabilizará a área técnica se a informação for incorreta e que poderá pedir eventualmente desculpas. Ele defendeu o respeito entre os Poderes e afirmou que não vai "bater boca com quem quer que seja".
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou, nesta quarta-feira, 19, que qualquer partido tem o "direito democrático" de pedir sua saída, mas que não pretende se afastar.
"Eu não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar exatamente no exercício pelo qual eu fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno com relação a isso."
Na iminência de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por envolvimento no escândalo de desvios na Petrobras, o parlamentar ainda reagiu a um ofício da PGR encaminhado ao PSOL em que o órgão nega que investigações feitas na Casa tenham tido acesso aos computadores dos 513 deputados.
O PSOL havia encaminhado um pedido de explicações a Janot com base num relato de Cunha de que a ação realizada na Câmara vasculhou dados de todos os parlamentares.
No documento enviado ao partido, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz não só que é inverídica a informação, como classificou a afirmação de Cunha aos líderes partidários de "no mínimo leviana".
Na ocasião, a ação na Casa foi solicitada pela PGR e autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
No dia 4 de maio, Zavascki autorizou que um oficial de Justiça fosse ao Departamento de Informática da Câmara para retirar cópias que pudessem comprovar a autoria de Cunha em um requerimento que poderia ajudar nas investigações referentes ao suposto envolvimento do presidente da Câmara .
Janot respondeu que a ação teve como foco Cunha e a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ).
"A leviandade da declaração reside no fato de que tenta usar como escudo a instituição Câmara dos Deputados - e, pela via da desinformação, seus pares - para atacar o Ministério Público Federal, embora a crítica à diligência seja de interesse exclusivo para a defesa do deputado Eduardo Cunha", declara Janot no ofício enviado ao líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).
Após o PSOL divulgar o conteúdo do ofício, Cunha imediatamente veio a público dizer que recebeu do corpo técnico da Casa a informação de que houve coleta de dados dos 513 deputados e que solicitou a certificação da informação para demonstrar que fala a verdade.
"Se ele (Janot) desprezou os dados e utilizou o que interessava, não significa que quando fizeram a busca e apreensão aqui não coletaram todos os dados. Eles pegaram o sistema inteiro. Isso me foi falado pela área técnica", afirmou.
Cunha avisou que responsabilizará a área técnica se a informação for incorreta e que poderá pedir eventualmente desculpas. Ele defendeu o respeito entre os Poderes e afirmou que não vai "bater boca com quem quer que seja".