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Cultura desconhece dimensão dos prejuízos sofridos pelo patrimônio tombado no RJ

Vários monumentos foram atingidos pelas chuvas em Nova Friburgo. Três deles são tombados pelo Iphan

Enchente em Teresópolis, Rio (Valter Campanato/Agência Brasil)

Enchente em Teresópolis, Rio (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 23h06.

Brasília - O Ministério da Cultura ainda não sabe a dimensão dos danos causados ao patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan) em Nova Friburgo, disse hoje (20) a ministra Ana de Hollanda. Os conjuntos arquitetônicos do Parque São Clemente e do Parque Hotel, além da Praça Getúlio Vargas, foram castigados pelas fortes chuvas e avalanches de terra que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro.

“São áreas em que a gente ainda está tentando chegar. Ainda não temos acesso. A gente viu que houve problemas, mas o tamanho do dano ainda não sabemos”, disse a ministra, ao participar da inauguração do Centro Nacional de Estudos e Documentação da Museologia (Cenedom), logo após a comemoração de dois anos de criação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Vários monumentos foram atingidos pelas chuvas em Nova Friburgo. Três deles são tombados pelo Iphan. A Praça Getúlio Vargas foi construída em 1880 e tem jardins projetados pelo paisagista Glaziou. O Parque São Clemente é um conjunto arquitetônico que também conta com jardins projetados pelo paisagista francês. O conjunto arquitetônico do Parque Hotel foi projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, em 1950.

Em Petrópolis, os museus e monumentos não sofreram danos com a chuva. Em nota divulgada ontem (19), a prefeitura de Petrópolis informou que os “pontos turísticos, como o Museu Imperial e o Palácio de Cristal, a Rua Teresa, restaurantes e outros atrativos funcionam normalmente”.

Mesmo assim, os turistas estão assustados e o movimento no Museu Imperial é fraco depois da tragédia. Segundo a assessoria do museu, a média de visitas diárias está bem abaixo do normal para janeiro. O número de visitas costumava ficar entre 1.800 e 2.000 nesta época. Ontem, houve apenas 315. Hoje, até as 15h, o museu tinha recebido 168 visitantes.

De acordo com o presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, é normal que a média de visitas tenha diminuído. “Caiu muito o número de visitas. Agora temos que esperar que a infraestrutura da serra se recupere.”

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