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Cubanos podem ficar de fora da nova fase do Mais Médicos

A contratação de profissionais cubanos provocou grande controvérsia logo no lançamento do programa

Chioro: "Se for confirmada a adesão que assistimos até agora, o convênio não será necessário" (Rondon Vellozo/MS)

Chioro: "Se for confirmada a adesão que assistimos até agora, o convênio não será necessário" (Rondon Vellozo/MS)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 19h55.

Brasília - Cubanos podem ficar de fora da nova fase do Mais Médicos.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que, diante da adesão de profissionais formados no Brasil, há uma grande possibilidade de não ser necessário o recrutamento por meio do convênio firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

"Se for confirmada a adesão que assistimos até agora, o convênio não será necessário", avaliou.

A contratação de profissionais cubanos provocou grande controvérsia logo no lançamento do programa.

Embora polêmico, ele foi o maior responsável pelo preenchimento das vagas disponíveis na primeira fase da iniciativa - 79% dos profissionais atuando no Mais Médicos foram recrutados pelo convênio da Opas.

Pela lei, a preferência é dada para profissionais brasileiros, seguido de profissionais formados no exterior.

Quando vagas não são preenchidas, há possibilidade de fazer a contratação, via convênio com a Opas.

O comportamento dos profissionais brasileiros na expansão do Mais Médicos, que está em curso, indica que o programa está mais atrativo.

Números divulgados nesta quarta-feira mostram que dos 15.747 profissionais formados no Brasil que se inscreveram no edital para concorrer a 4.146 vagas, 3.936 foram selecionados.

As 210 vagas remanescentes poderão agora ser disputadas pelos médicos que não foram escolhidos na primeira etapa da seleção.

"Foi uma adesão muito significativa", disse Chioro.

O ministro atribui a mudança de comportamento de médicos brasileiros a dois fatores.

Um dos mais relevantes, disse é a fusão do Provab no Mais Médicos.

Com a alteração, profissionais que participarem um ano do programa, recebem um bônus de 10% nas provas para residência médica.

O porcentual é considerado alto, principalmente diante da alta concorrência no exame de seleção.

"Mas o programa também ganhou credibilidade. Da população, dos profissionais", emendou.

Os médicos selecionados nesta etapa tem de hoje até o dia 20 para se apresentar nos municípios, com documento oficial com foto, cópia do diploma ou certificado de conclusão de curso e registro profissional.

"Aqueles que não atenderem o prazo, perdem a vaga", disse. O posto não preenchido entra automaticamente na seleção para segunda chamada.

Nesta ampliação do Mais Médicos, 1.294 cidades requisitaram profissionais.

Desse total, 1.181 atraíram profissionais para suprir 100% da demanda.

Outras 46 tiveram a solicitação atendida parcialmente e 67 não conseguiram atrair nenhum médico.

Dos 12 Distritos Indígenas, um não preencheu todas as vagas. Os profissionais selecionados nesta etapa começam a trabalhar dia 2 de março.

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