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Crime ambiental: PF indicia empresa grega por espalhar óleo pelo litoral

Ao menos 5 mil toneladas de resíduos foram recolhidos em 1.009 localidades de 11 Estados, por mais de 3 mil km, incluindo cerca de 55 áreas de proteção marinhas

O óleo cru se espalhou por várias regiões nos meses seguintes (Diego Nigro/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de dezembro de 2021 às 08h24.

Última atualização em 3 de dezembro de 2021 às 08h29.

A Polícia Federal concluiu as investigações do crime ambiental que, em 2019, espalhou milhares de toneladas de óleo pelo litoral do País e indiciou a empresa grega Delta Tankers, dona do navio Bouboulina, apontado como o responsável. Foram indiciados ainda o comandante do navio, Konstantinos Panagiotakopoulos; e o chefe de máquinas à época, Pavlo Slyvka.

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Segundo o inquérito, ambos embarcaram na Venezuela e desembarcaram só na Malásia, permanecendo no navio desde o carregamento do óleo até seu pretenso descarregamento no porto de destino.

A PF aponta que, se considerados apenas os gastos do governo na limpeza das praias e do mar, foram mais de R$ 188 milhões. Mas o custo ao País é muito maior se levar em conta os danos ao turismo, ao meio ambiente e às comunidades que dependem da pesca. As manchas surgiram em agosto de 2019 em diversas praias do Nordeste. O óleo cru se espalhou por várias regiões nos meses seguintes.

Nordeste: costa litorânea foi tomada por manchas de óleos (Diego Nigro/Reuters)

De 30 de agosto de 2019 a 19 de março de 2020, data do último relatório do Ibama sobre o episódio, foram recolhidas pelos menos 5 mil toneladas de resíduos em 1.009 localidades de 11 Estados, por mais de 3 mil km, incluindo cerca de 55 áreas de proteção marinhas. “Parece-nos óbvio existirem fortes indícios de que o NM Bouboulin foi o navio envolvido com o vazamento”, afirma o delegado federal Franco Perazzoni, no relatório.

O Estadão não obteve resposta da Delta Tankers sobre o assunto até as 19h de ontem.

-(AFP/AFP)

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