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Contrato com cubanos não está claro, diz senadora

Senadora Ana Amélia (PP-RS) diz que não foi elucidado se contrato será individual ou se foi feito com a administração de Cuba, terceirizando os serviços

Senadora Ana Amélia: "queremos que o problema da assistência à saúde no Brasil seja resolvido, mas temos o direito de saber quais as condições", disse (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 23h04.

Brasília - A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou nesta quinta-feira que o contrato do governo com os 4 mil médicos cubanos não está claro, pois não foi elucidado se será individual com os profissionais ou se o Brasil firmou um acordo com a administração de Cuba, terceirizando os serviços. De acordo com Amélia, se a administração federal brasileira pagar ao Executivo cubano e não aos médicos que virão, ficará caracterizada a exploração por um país de uma atividade relevante como a medicina. Na próxima semana, chegarão ao Brasil os primeiros 400 médicos.

"Queremos que o problema da assistência à saúde no Brasil seja resolvido, mas temos o direito de saber quais as condições. Chegarão 400 médicos. Para onde irão? Para uma unidade militar? Em que unidade militar? Como é que eles sairão de Cuba? Em aviões cubanos ou em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)? Serão as Forças Armadas obrigadas a fazer a logística para esse transporte, esse acolhimento e essa hospedagem? Onde ficarão? Ficarão hospedados em unidades militares, portanto, à custa do contribuinte brasileiro, para prestar uma atividade para a sociedade civil?", indagou.

Ela lembrou que o jornalista Fernando Havsberg, que é correspondente da BBC Mundo em Havana, afirmou que o contingente de profissionais da saúde cubanos fora da Ilha inclui, atualmente, 15 mil médicos que trabalham em 60 países, levando lucros ao regime. "As cifras falam em US$ 5 bilhões, o equivalente a mais de R$ 10 bilhões ao ano", disse.

Segundo Amélia, o serviço que os médicos cubanos prestam, por exemplo, à Venezuela, permite que Cuba receba cem mil barris diários de petróleo. "Ora, um médico não recebe um barril de petróleo. Então, como é feito esse pagamento do governo cubano aos seus médicos, aos profissionais ali formados?" A senadora do PP do Rio Grande do Sul disse ainda que dados de 2008 mostram que o governo da Venezuela paga 8 dólares por consulta e o da África do Sul, 7.

Amélia disse que, para muitos países em desenvolvimento, o atrativo dos médicos cubanos é que eles estão dispostos a trabalhar em lugares que os locais evitam, como bairros periféricos ou zonas rurais de difícil acesso, onde estão moradores de baixíssimo poder aquisitivo. Além disso, em geral, os médicos cubanos também receberiam remunerações mais baixas.

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"Queremos que o problema da assistência à saúde no Brasil seja resolvido, mas temos o direito de saber quais as condições. Chegarão 400 médicos. Para onde irão? Para uma unidade militar? Em que unidade militar? Como é que eles sairão de Cuba? Em aviões cubanos ou em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)? Serão as Forças Armadas obrigadas a fazer a logística para esse transporte, esse acolhimento e essa hospedagem? Onde ficarão? Ficarão hospedados em unidades militares, portanto, à custa do contribuinte brasileiro, para prestar uma atividade para a sociedade civil?", indagou.

Ela lembrou que o jornalista Fernando Havsberg, que é correspondente da BBC Mundo em Havana, afirmou que o contingente de profissionais da saúde cubanos fora da Ilha inclui, atualmente, 15 mil médicos que trabalham em 60 países, levando lucros ao regime. "As cifras falam em US$ 5 bilhões, o equivalente a mais de R$ 10 bilhões ao ano", disse.

Segundo Amélia, o serviço que os médicos cubanos prestam, por exemplo, à Venezuela, permite que Cuba receba cem mil barris diários de petróleo. "Ora, um médico não recebe um barril de petróleo. Então, como é feito esse pagamento do governo cubano aos seus médicos, aos profissionais ali formados?" A senadora do PP do Rio Grande do Sul disse ainda que dados de 2008 mostram que o governo da Venezuela paga 8 dólares por consulta e o da África do Sul, 7.

Amélia disse que, para muitos países em desenvolvimento, o atrativo dos médicos cubanos é que eles estão dispostos a trabalhar em lugares que os locais evitam, como bairros periféricos ou zonas rurais de difícil acesso, onde estão moradores de baixíssimo poder aquisitivo. Além disso, em geral, os médicos cubanos também receberiam remunerações mais baixas.

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