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Conselho decide amanhã se substitui relator do caso Delcídio

O primeiro desafio do colegiado será decidir sobre a permanência do senador Ataídes de Oliveira na relatoria do caso

Delcídio Amaral: defesa prévia do senador, apresentada pelos advogados à comissão, pede a impugnação do relator tucano (Jefferson Rudy/ Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 16h15.

Brasília - O Conselho de Ética do Senado que analisará o pedido de abertura de processo por suposta quebra de decoro parlamentar do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) retoma os trabalhos nesta quarta-feira (24) com uma polêmica.

O primeiro desafio do colegiado será decidir sobre a permanência do senador Ataídes de Oliveira (PSDB–TO) na relatoria do caso.

A defesa prévia de Delcídio, apresentada pelos advogados à comissão, pede a impugnação do tucano, sob o argumento de falta de isenção dele no processo.

Embora não tenha assinado a representação contra da Rede e do PPS contra Delcídio, o PSDB apoiou o pedido.

Caso o plenário do conselho acate a solicitação dos advogados, será feito novo sorteio para escolha do relator do processo. Ataídes afirmou que não se considera impedido de exercer a função.

Entretanto, em entrevista à Agência Brasil na manhã de hoje admitiu que será difícil permanecer no cargo.

“Vejo a possibilidade deles [integrantes da bancada governista na comissão] trocarem o relator e eu terei de acatar", disse o senador sobre a decisão que será submetida à votação no colegiado, que tem maioria de integrantes da base do governo.

Ataídes, que recebeu hoje do presidente do conselho, João Alberto (PMDB- MA), a defesa de Delcídio, demostrou preocupação com a escolha de um novo relator.

Em dezembro, quando o colegiado se reuniu pela primeira vez para tratar do assunto, o senador foi o terceiro a ser sorteado para a função, após dois colegas terem se negado a relatar o caso.

O primeiro foi Aloysio Nunes (PSDB-SP), que declinou já prevendo que apoio do PSDB ao requerimento de abertura de processo poderia ser alvo de questionamentos.

O outro foi o senador Otto Alencar (PSD-BA), que não aceitou por causa da proximidade que sempre teve com Delcídio.

Pelas contas de Ataídes, tirando os senadores que já se declararam impedidos e os que não podem pegar a relatoria porque são os do mesmo estado, bloco parlamentar ou de partidos que assinaram o requerimento, restam apenas quatro opções.

Tramitação

Após o recebimento da defesa prévia, o relator do caso tem cinco dias úteis para apresentar o relatório preliminar pela continuidade ou não do processo.

Feito isso, o colegiado terá outros cinco dias úteis para apreciar o parecer do relator. Caso Ataídes seja confirmado relator, o prazo termina na próxima terça-feira (1º).

No Senado, é grande a expectativa para a volta de Delcídio às atividades. Ontem (22) pela manhã, a assessoria do parlamentar chegou a confirmar que ele faria um discurso no plenário da Casa.

Hoje, a informação do gabinete é que Delcídio do Amaral está sendo submetido a uma bateria de exames de saúde e que, só após a conclusão dos testes, ele retornará ao Senado.

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Brasília - O Conselho de Ética do Senado que analisará o pedido de abertura de processo por suposta quebra de decoro parlamentar do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) retoma os trabalhos nesta quarta-feira (24) com uma polêmica.

O primeiro desafio do colegiado será decidir sobre a permanência do senador Ataídes de Oliveira (PSDB–TO) na relatoria do caso.

A defesa prévia de Delcídio, apresentada pelos advogados à comissão, pede a impugnação do tucano, sob o argumento de falta de isenção dele no processo.

Embora não tenha assinado a representação contra da Rede e do PPS contra Delcídio, o PSDB apoiou o pedido.

Caso o plenário do conselho acate a solicitação dos advogados, será feito novo sorteio para escolha do relator do processo. Ataídes afirmou que não se considera impedido de exercer a função.

Entretanto, em entrevista à Agência Brasil na manhã de hoje admitiu que será difícil permanecer no cargo.

“Vejo a possibilidade deles [integrantes da bancada governista na comissão] trocarem o relator e eu terei de acatar", disse o senador sobre a decisão que será submetida à votação no colegiado, que tem maioria de integrantes da base do governo.

Ataídes, que recebeu hoje do presidente do conselho, João Alberto (PMDB- MA), a defesa de Delcídio, demostrou preocupação com a escolha de um novo relator.

Em dezembro, quando o colegiado se reuniu pela primeira vez para tratar do assunto, o senador foi o terceiro a ser sorteado para a função, após dois colegas terem se negado a relatar o caso.

O primeiro foi Aloysio Nunes (PSDB-SP), que declinou já prevendo que apoio do PSDB ao requerimento de abertura de processo poderia ser alvo de questionamentos.

O outro foi o senador Otto Alencar (PSD-BA), que não aceitou por causa da proximidade que sempre teve com Delcídio.

Pelas contas de Ataídes, tirando os senadores que já se declararam impedidos e os que não podem pegar a relatoria porque são os do mesmo estado, bloco parlamentar ou de partidos que assinaram o requerimento, restam apenas quatro opções.

Tramitação

Após o recebimento da defesa prévia, o relator do caso tem cinco dias úteis para apresentar o relatório preliminar pela continuidade ou não do processo.

Feito isso, o colegiado terá outros cinco dias úteis para apreciar o parecer do relator. Caso Ataídes seja confirmado relator, o prazo termina na próxima terça-feira (1º).

No Senado, é grande a expectativa para a volta de Delcídio às atividades. Ontem (22) pela manhã, a assessoria do parlamentar chegou a confirmar que ele faria um discurso no plenário da Casa.

Hoje, a informação do gabinete é que Delcídio do Amaral está sendo submetido a uma bateria de exames de saúde e que, só após a conclusão dos testes, ele retornará ao Senado.

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