Condenação de réus do mensalão prejudica Lula, diz FHC
O ex-presidente participou do Seminário Internacional em Busca da Excelência, promovido pelo Fundo Nacional da Qualidade (FNQ), em São Paulo
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2012 às 15h17.
São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, na manhã desta terça-feira, acreditar que, se houver condenação dos réus do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), há um risco de o episódio manchar os oito anos de governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que sim", respondeu diretamente. Ao contrário do que espera para a imagem do legado do ex-presidente Lula, FHC acha que o mensalão não atinge a presidente Dilma Rousseff.
O ex-presidente participou do Seminário Internacional em Busca da Excelência, promovido pelo Fundo Nacional da Qualidade (FNQ), em São Paulo. Após palestra, FHC lembrou que o julgamento do mensalão não "cola" na popularidade da presidente Dilma Rousseff, que continua em alta. "A razão é óbvia: o povo está achando que ela está direita, contrária às posições antigas do PT", avaliou.
O tucano voltou a dizer que, em sua avaliação, os réus do mensalão praticaram crimes, mas que não cabe a ele julgá-los. "Não sei se devem condenar, não sou juiz", afirmou. No entanto, o ex-presidente enfatizou que o julgamento do mensalão é um momento importante para o País e que, por essa razão, é preciso que os ministros do STF justifiquem seus votos, seja para condenar ou para absolver os réus. "Veja a pesquisa (Datafolha): as pessoas estão acompanhando e não acreditam que dê em alguma coisa. É preciso que dê em alguma coisa. Não estou dizendo 'condena todo mundo' ou 'absolve todo mundo'. É preciso que dê em um julgamento em que as pessoas entendam as razões pelas quais o juiz condenou ou não", pregou.
Durante sua palestra, o ex-presidente falou sobre os desafios da educação no País e criticou o projeto que prevê a utilização de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, por entender que o que é hoje aplicado é suficiente para a rede pública de ensino. FHC também criticou a política de cotas raciais nas universidades referendada pelo STF. Segundo ele, é preciso um sistema compensatório mas que não crie uma ideologia racista no País. "Nós vamos valorizar o conceito de raça?", questionou. "Divisão baseada em raça não dá bom resultado", concluiu.
São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, na manhã desta terça-feira, acreditar que, se houver condenação dos réus do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), há um risco de o episódio manchar os oito anos de governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que sim", respondeu diretamente. Ao contrário do que espera para a imagem do legado do ex-presidente Lula, FHC acha que o mensalão não atinge a presidente Dilma Rousseff.
O ex-presidente participou do Seminário Internacional em Busca da Excelência, promovido pelo Fundo Nacional da Qualidade (FNQ), em São Paulo. Após palestra, FHC lembrou que o julgamento do mensalão não "cola" na popularidade da presidente Dilma Rousseff, que continua em alta. "A razão é óbvia: o povo está achando que ela está direita, contrária às posições antigas do PT", avaliou.
O tucano voltou a dizer que, em sua avaliação, os réus do mensalão praticaram crimes, mas que não cabe a ele julgá-los. "Não sei se devem condenar, não sou juiz", afirmou. No entanto, o ex-presidente enfatizou que o julgamento do mensalão é um momento importante para o País e que, por essa razão, é preciso que os ministros do STF justifiquem seus votos, seja para condenar ou para absolver os réus. "Veja a pesquisa (Datafolha): as pessoas estão acompanhando e não acreditam que dê em alguma coisa. É preciso que dê em alguma coisa. Não estou dizendo 'condena todo mundo' ou 'absolve todo mundo'. É preciso que dê em um julgamento em que as pessoas entendam as razões pelas quais o juiz condenou ou não", pregou.
Durante sua palestra, o ex-presidente falou sobre os desafios da educação no País e criticou o projeto que prevê a utilização de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, por entender que o que é hoje aplicado é suficiente para a rede pública de ensino. FHC também criticou a política de cotas raciais nas universidades referendada pelo STF. Segundo ele, é preciso um sistema compensatório mas que não crie uma ideologia racista no País. "Nós vamos valorizar o conceito de raça?", questionou. "Divisão baseada em raça não dá bom resultado", concluiu.