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Como ser voluntário para testar a vacina chinesa contra a covid-19

Nesta etapa da testagem somente profissionais da saúde podem participar. No total, 9 mil pessoas serão selecionadas em seis estados brasileiros

 (Dado Ruvic/Reuters)

(Dado Ruvic/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 13 de julho de 2020 às 14h34.

Última atualização em 13 de julho de 2020 às 18h11.

Profissionais da saúde que trabalham na linha de frente no combate à covid-19 podem se candidatar como voluntários nos testes da vacina chinesa contra a doença a partir desta segunda-feira, 13. O formulário de inscrição está disponível no site do governo de São Paulo.

O teste, liderado pelo Instituto Butantan, recebeu aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) na semana passada. Serão selecionadas 9 mil pessoas em seis estados brasileiros - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O processo de testagem começa no dia 20 de julho.

Entre as exigências para participar do estudo está ser profissional da saúde, como médicos e enfermeiros, prestar atendimento direto a pessoas com o coronavírus, não ter nenhuma doença crônica e também não ter testado positivo para a covid-19. 

A vacina é uma das mais promissoras do mundo e é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac que já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.

Atualmente está na chamada fase 3 em que um grande número de pessoas usa a vacina para comprovar a eficácia. Metade dos voluntários vai receber a vacina e a outra um placebo. Após cerca de um mês é uma feita uma análise para verificar como a imunidade ficou em cada um dos grupos.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a parceria firmada entre o governo de São Paulo e o laboratório prevê a transferência de tecnologia para que a fabricação da vacina seja feita aqui.

"Nós estamos muito otimistas e eu acredito que vamos ter a vacina até o fim do ano. A China tem cinco vacinas em estudos clínicos de fase 2 ou 3. O Reino Unido tem duas nestas fases e os Estados Unidos, duas", disse Dimas Covas em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

O Brasil é fundamental nesta etapa de validação da eficácia da vacina, principalmente porque os testes precisam acontecer onde a população esteja exposta ao vírus. E o país ainda enfrenta muitos problemas em diversas regiões para conter o avanço da doença.

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