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Como está a situação da covid-19 no estado de SP após início da reabertura

São 144.593 casos e 9.188 mortes pela doença no estado. Ocupação de leitos para UTI segue estabilizada, em parte devido à ampliação de capacidade

Pessoa caminha de máscara na cidade de São Paulo (Marcello Zambrana/Anadolu Agency/Getty Images)

Pessoa caminha de máscara na cidade de São Paulo (Marcello Zambrana/Anadolu Agency/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de junho de 2020 às 14h24.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 16h57.

Uma semana após o início do processo de reabertura da atividade econômica no estado de São Paulo, os números da covid-19 seguem em patamar estável, ainda que preocupante. Chegou a 144.593 o número de casos confirmados e a 9.188 a quantidade de óbitos pela doença.

A ocupação de leitos para UTI segue estabilizada, em parte devido à ampliação de capacidade. O governador João Doria anunciou que serão 8.800 leitos exclusivos para UTI até final do mês. A ocupaçãoatualmente está em 67% dos leitos no estado e 75% na Grande São Paulo.

"Estamos tendo um crescimento a baixa velocidade (...) Há uma certa estabilização do comportamento da epidemia no estado de SP", disse José Henrique Germann, secretário de saúde do estado.

Vale lembrar que ainda é cedo para avaliar os efeitos da reabertura parcial em algumas cidades, já que ela é incipiente e a doença tem um período de incubação de até 14 dias. Além disso, poucos serviços foram permitidos a reabrir, com regras mais rígidas de lotação e protocolos de higiene, e a circulação das pessoas ainda é restrita.

Na Grande São Paulo, o isolamento social ficou em 51% no sábado e 53% no domingo. Já no estado, o isolamento foi de 49% no sábado e 52% no domingo.

Capital

A capital do estado está na fase 2 (laranja) no plano de retomada, e começou a receber na semana passada propostas de regras para que o comércio volte a funcionar. O prefeito Bruno Covas (PSDB) evitou dar prazo para análise dos protocolos e pediu “um pouquinho mais de paciência” ao setor.

Até o momento, dos serviços considerados não essenciais a capital só autorizou o retorno de concessionárias e escritórios. Outras atividades que pelo plano de reabertura poderiam funcionar com limitações, como shoppings centers e galerias comerciais, seguem fechadas.

A Prefeitura anunciou, ainda, a reabertura com restrições de cinco Descomplica SP, praças de atendimento que reúnem cerca de 300 serviços municipais, como a emissão de Carteira de Trabalho ou solicitação de Bilhete Único. Não há previsão de abertura de outros equipamentos.

Testes e dados

A equipe do estado também anunciou na coletiva um esforço para ampliar a notificação obrigatória de testes feitos pela iniciativa privada.

"Isso dará uma visão mais abrangente da pandemia e como combatê-la. Transparência nos dados significa trabalhar melhor, jamais esconder informações", disse Doria.

Ele reforçou que o governo estadual também irá ampliar a divulgação de dados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) para incluir, entre outras informações, os dados de internações.

"Já vínhamos fazendo isso e ampliamos estas informações para garantir acesso a toda a população, especialmente jornalistas, a tudo aquilo que se refere ao coronavírus no Estado de São Paulo" disse.

Ele criticou o "apagão de dados" da doença pelo Ministério da Saúde, que nos últimos dias vem atrasando a divulgação, além de fornecer dados contraditórios e boletins reduzidos que não permitem comparação histórica ou clareza sobre os critérios.

O atraso deliberado de informações já disponíveis, além de impedir a fiscalização de políticas públicas, vai contra leis de acesso à informação e regulações específicas relacionadas à pandemia.

Em reação à falta de transparência do governo federal, órgãos de imprensa e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) vão divulgar seus dados consolidados para permitir o acompanhamento.

(Com Estadão Conteúdo)

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