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Comissão de Ética da Presidência decide relator do caso Geddel

Processo que vai investigar se Geddel cometeu infração ética ao procurar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para tratar de interesses pessoais

Geddel: colegiado determinou prazo de 10 dias para ele prestar as informações que achar pertinente sobre o assunto (Roosewelt Pinheiro/ABr)

Geddel: colegiado determinou prazo de 10 dias para ele prestar as informações que achar pertinente sobre o assunto (Roosewelt Pinheiro/ABr)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 21h56.

Foi sorteado nesta terça-feira (22) o nome do relator do caso do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

O conselheiro Marcelo Figueiredo será o responsável por elaborar voto sobre o processo que vai investigar se Geddel cometeu infração ética ao procurar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para tratar de interesses pessoais.

Ontem (21), o colegiado decidiu abrir procedimento para apurar a conduta de Geddel e determinou prazo de 10 dias para ele prestar as informações que achar pertinente sobre o assunto.

No mesmo dia, o ministro telefonou ao presidente da comissão, Mauro Menezes, se colocando à disposição para prestar os esclarecimentos.

A próxima reunião dos conselheiros está marcada para o dia 14 de dezembro. Na tarde de hoje, líderes de diversos partidos da base aliada entregaram ao ministro uma carta de apoio político.

Eles defendem a manutenção de Geddel no cargo, decisão que já foi confirmada pelo presidente Michel Temer por meio do seu porta-voz, Alexandre Parola.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão do cargo na última sexta-feira (18), alegando razões pessoais. No fim de semana, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que o ministro Geddel Vieira Lima o pressionou a intervir junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde ele adquiriu um imóvel.

O empreendimento não foi autorizado pelo instituto e por outros órgãos por ferir o gabarito da região, que fica em área tombada.

Ontem, líderes de partidos da oposição informaram que pretende entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro-chefe da Secretaria de Governo.

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