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Comissão da Verdade quer novo atestado de óbito para Herzog

A versão oficial diz que o jornalista se suicidou em sua cela em São Paulo em 1975, mas a família exige o reconhecimento de sua morte por militares durante a ditadura

Suposta foto do jornalista Vladimir Herzog durante prisão no DOI-Codi:  ele foi encontrado morto um dia após ter se apresentado para depor sobre seus vínculos com a esquerda (José Cruz/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 18h30.

São Paulo - A Comissão da Verdade solicitou à Justiça nesta quinta-feira que retifique o atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, que segundo a versão oficial se suicidou em sua cela em São Paulo em 1975.

Por pedido da família, a comissão solicitou que no documento conste como causa da morte "lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório nas dependências do 2º Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi)" e não por asfixia mecânica, como consta do atual atestado de óbito.

A solicitação foi aprovada por unanimidade pelos membros da comissão, que anexou ainda documentos de ações judiciais interpostas anteriormente pela família nos quais é refutada a teoria do suicídio.

"Quando a sentença rejeita a tese do suicídio exclui logicamente a tese do enforcamento", raciocinou a comissão, que acrescentou que o certificado "encobre a causa real da morte".

Herzog, com uma ampla trajetória nacional e internacional, foi encontrado morto em 25 de outubro de 1975 em sua cela, um dia após ter se apresentado para depor sobre seus vínculos com movimentos de esquerda.

Segundo a versão oficial da época, o jornalista se enforcou com seu próprio cinto em uma janela da cela, e a Justiça determinou que se tratava de suicídio.

Em março passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou que investigaria a morte de Herzog.

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São Paulo - A Comissão da Verdade solicitou à Justiça nesta quinta-feira que retifique o atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, que segundo a versão oficial se suicidou em sua cela em São Paulo em 1975.

Por pedido da família, a comissão solicitou que no documento conste como causa da morte "lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório nas dependências do 2º Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi)" e não por asfixia mecânica, como consta do atual atestado de óbito.

A solicitação foi aprovada por unanimidade pelos membros da comissão, que anexou ainda documentos de ações judiciais interpostas anteriormente pela família nos quais é refutada a teoria do suicídio.

"Quando a sentença rejeita a tese do suicídio exclui logicamente a tese do enforcamento", raciocinou a comissão, que acrescentou que o certificado "encobre a causa real da morte".

Herzog, com uma ampla trajetória nacional e internacional, foi encontrado morto em 25 de outubro de 1975 em sua cela, um dia após ter se apresentado para depor sobre seus vínculos com movimentos de esquerda.

Segundo a versão oficial da época, o jornalista se enforcou com seu próprio cinto em uma janela da cela, e a Justiça determinou que se tratava de suicídio.

Em março passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou que investigaria a morte de Herzog.

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