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Com maioria formada, STF decide hoje sobre impedimento de Moraes em ação de Bolsonaro

Ex-presidente quer ministro fora da condução de inquérito que apura suposta tentativa de golpe em 2022

Agência o Globo
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Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 07h38.

Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 07h40.

O Supremo Tribunal Federal (STF) conclui nesta sexta-feira, 13, o julgamento de uma ação que questiona a condução do ministro Alexandre de Moraes na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas.

Até o momento, oito ministros já votaram contra o pedido, que foi apresentado pelo próprio Bolsonaro. Apenas os ministros Nunes Marques e André Mendonça, que foram indicados à Corte pelo ex-presidente, ainda não se manifestaram.

O relator do caso é o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que votou para rejeitar o recurso. Ele foi acompanhado por Cármen Lúcia, Luiz Fux, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. Moraes declarou-se impedido de votar.

Para Barroso, a alegação de que Moraes seria vítima dos fatos investigados não leva a um "automático impedimento", porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado, pelos quais os investigados foram indiciados, "têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada".

Por isso, de acordo com o ministro, se a alegação de impedimento fosse aceita, "todos os órgãos do Poder Judiciário estariam impedidos de apurar esse tipo de criminalidade contra o Estado democrático de Direito e contra as instituições públicas".

A solicitação original foi protocolada em fevereiro, após a primeira operação da Polícia Federal (PF) sobre o tema. Entretanto, Barroso rejeitou a ação. A defesa de Bolsonaro recorreu, e agora esse recurso será analisado pelos demais ministros.

A análise do recurso ocorre duas semanas após a PF concluir a investigação do caso e indiciar Bolsonaro, ex-ministros, militares e aliados por golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa. Eles negam as acusações.

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