Brasil

Com juristas, Haddad chama campanha anti-PT de "tentativa de fraude"

"O que está hoje nos jornais não são indícios de que houve crime, são provas", afirmou o candidato

Haddad: candidato à Presidência da República pelo PT participa de encontro com juristas pela democracia (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Haddad: candidato à Presidência da República pelo PT participa de encontro com juristas pela democracia (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 12h57.

Na presença de vários juristas, como Paulo Sérgio Pinheiro, Cláudio Mariz de Oliveira, Dora Cavalcanti, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e José Carlos Dias que lançaram hoje (18) uma moção de apoio com mais de 1,5 mil assinaturas, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, chamou hoje (18) de "tentativa de fraude eleitoral" as denúncias publicadas sobre a suposta existência de um grupo de empresários que financia o envio em massa de mensagens falsas via WhatsApp.

A denúncia é a manchete da Folha de S. Paulo desta quinta-feira. "O que está hoje nos jornais não são indícios de que houve crime, são provas", afirmou o candidato. "Não é um problema moral [apenas], é crime. É penal." O candidato do PT disse que vai apresentar denúncias à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral para que sejam tomadas as providências.

Ao discursar para os juristas, Haddad detalhou as informações publicadas na imprensa. "Por meio de caixa 2, eles resolveram financiar uma campanha de difamação, de inverdades. Todas as mensagens do WhatsApp foram direcionadas a minha pessoa, com inverdades a meu respeito e a minha família. Eu acho extremamente grave. Eu nunca tinha visto isso acontecer nas campanhas eleitorais."

Nas redes sociais, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre as informações publicadas hoje na impresa.

Denúncias

A reportagem publicada hoje informa que empresas estão contratando o serviço de disparo de mensagens por aplicativo de celular com contratos que podem chegar a R$ 12 milhões. O serviço, segundo o jornal, se vale da utilização de números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros.

As atividades envolvem o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas. O financiamento empresarial de campanha também é proibido.

Para Haddad, a difusão de mensagens falsas seria a responsável pelo crescimento das intenções de voto a favor de Jair Bolsonaro (PSL). "Eu temo que a Justiça Eleitoral, inibida pela violência, que a imprensa, inibida pela violência, não cumpra as suas funções constitucionais", disse.

Social

Em entrevista à Rádio Tupi do Rio de Janeiro, Haddad ressaltou que dará prioridade à saúde e educação. Segundo ele, o foco, uma vez eleito, será para a educação técnica em nível médio. "Cada escola federal terá de adotar as escolas estaduais de baixo desempenho e estabelecer um patamar mínimo [de desempenho]."

Para saúde, o candidato pretende criar policlínicas, com laboratórios e exames, inaugurando pelo menos 400 policlínicas em todo país, abrindo vagas nos leitos hospitalares para os casos mais graves.

Acompanhe tudo sobre:Fake newsFernando HaddadJair BolsonaroWhatsApp

Mais de Brasil

SP ainda tem 36 mil casas sem energia neste domingo

Ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desaba; veja vídeo

Como chegar em Gramado? Veja rotas alternativas após queda de avião

Vai viajar para São Paulo? Ao menos 18 praias estão impróprias para banho; veja lista