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CNBB defende combate à corrupção e condena descriminalização

Em carta, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil diz ser inaceitável que interesses públicos e coletivos se submetam aos interesses individuais

O presidente da CNBB, o arcebispo Raymundo Damasceno Assis: "Pagamos um alto preço pela falta de vontade política de fazer as reformas urgentes e necessária" (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 14h39.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje (27) uma nota defendendo o diálogo e a luta contra a corrupção como meios de preservar e promover a democracia.

Denominado Carta da CNBB a favor do Brasil, o documento diz ser inaceitável que interesses públicos e coletivos se submetam aos interesses individuais, corporativos e partidários.

"Pagamos um alto preço pela falta de vontade política de fazer as reformas urgentes e necessárias, capazes de colocar o Brasil na rota do desenvolvimento com justiça social", destacou o comunicado, citando as reformas política, tributária, agrária, urbana, previdenciária e do Judiciário.

De acordo com a CNBB, o gasto com a dívida pública e o ajuste fiscal, entre outras medidas para retomada do crescimento, "colocam a saúde pública na UTI, comprometem a qualidade da educação, inviabilizam a segurança pública e inibem importantes conquistas sociais".

O documento faz referência à corrupção como uma "metástase que tinge de morte não só os poderes constituídos, mas também o mundo empresarial e o tecido social".

"Combatê-la de forma intransigente supõe assegurar uma justa investigação de todas as denúncias que vêm à tona com a consequente punição de corruptos e corruptores".

Sobre a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, disse que o assunto não foi tratado pela entidade.

Bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, destacou que, para o impeachment, são necessários elementos consistentes, que, segundo ele, não existem até o momento.

Durante entrevista coletiva, a CNBB liberou uma segunda nota, manifestando-se contra a descriminalização do uso de drogas.

O comunicado acrescenta que a dependência química representa um dos grandes problemas de saúde pública e de segurança no Brasil e interfere gravemente na estrutura familiar e social.

"Ela está entre a causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental e de afastamento da vida social". Conforme o texto, a dependência, que atinge especialmente adolescentes e jovens, é fator gerador de violência social, além de provocar no usuário alteração de consciência e de comportamento.

O caminho defendido no documento e considerado pela entidade como mais exigente e eficaz é a intensificação de campanhas de prevenção e combate ao uso de drogas, acompanhada de políticas públicas nos campos da educação, do emprego, da cultura, do esporte e do lazer para a juventude e a família.

"A liberdade pessoal tem a ver com a relação da convivência humana, que precisa ser preservada", informou dom Leonardo Steiner. "A droga não deixa a pessoa chegar à sua plenitude. A droga anestesia", concluiu.

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje (27) uma nota defendendo o diálogo e a luta contra a corrupção como meios de preservar e promover a democracia.

Denominado Carta da CNBB a favor do Brasil, o documento diz ser inaceitável que interesses públicos e coletivos se submetam aos interesses individuais, corporativos e partidários.

"Pagamos um alto preço pela falta de vontade política de fazer as reformas urgentes e necessárias, capazes de colocar o Brasil na rota do desenvolvimento com justiça social", destacou o comunicado, citando as reformas política, tributária, agrária, urbana, previdenciária e do Judiciário.

De acordo com a CNBB, o gasto com a dívida pública e o ajuste fiscal, entre outras medidas para retomada do crescimento, "colocam a saúde pública na UTI, comprometem a qualidade da educação, inviabilizam a segurança pública e inibem importantes conquistas sociais".

O documento faz referência à corrupção como uma "metástase que tinge de morte não só os poderes constituídos, mas também o mundo empresarial e o tecido social".

"Combatê-la de forma intransigente supõe assegurar uma justa investigação de todas as denúncias que vêm à tona com a consequente punição de corruptos e corruptores".

Sobre a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, disse que o assunto não foi tratado pela entidade.

Bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, destacou que, para o impeachment, são necessários elementos consistentes, que, segundo ele, não existem até o momento.

Durante entrevista coletiva, a CNBB liberou uma segunda nota, manifestando-se contra a descriminalização do uso de drogas.

O comunicado acrescenta que a dependência química representa um dos grandes problemas de saúde pública e de segurança no Brasil e interfere gravemente na estrutura familiar e social.

"Ela está entre a causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental e de afastamento da vida social". Conforme o texto, a dependência, que atinge especialmente adolescentes e jovens, é fator gerador de violência social, além de provocar no usuário alteração de consciência e de comportamento.

O caminho defendido no documento e considerado pela entidade como mais exigente e eficaz é a intensificação de campanhas de prevenção e combate ao uso de drogas, acompanhada de políticas públicas nos campos da educação, do emprego, da cultura, do esporte e do lazer para a juventude e a família.

"A liberdade pessoal tem a ver com a relação da convivência humana, que precisa ser preservada", informou dom Leonardo Steiner. "A droga não deixa a pessoa chegar à sua plenitude. A droga anestesia", concluiu.

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