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Chefe do Cade será convidado a explicar ligação com PT

Vinícius Marques omitiu em seu currículo do período em que trabalhou com o deputado Simão Pedro (PT), responsável por representações sobre formação de cartel


	Presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho: ele foi sabatinado no Senado em maio do ano passado
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho: ele foi sabatinado no Senado em maio do ano passado (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 14h37.

Brasília - O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, deve ser convidado a se explicar ao Senado sobre a omissão em seu currículo do período em que trabalhou com o deputado estadual Simão Pedro (PT), responsável por representações que apontavam suspeitas de formação de cartel, superfaturamento e pagamento de propina envolvendo contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

"É muito grave isso. Já estou estudando quais as medidas políticas e judiciais cabíveis nesse caso. Mas vou pedir hoje mesmo que ele venha à comissão que o sabatinou, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para esclarecer o assunto", disse o líder do PSDB na Casa, senador Aloysio Nunes (SP). Carvalho foi sabatinado no Senado em maio do ano passado.

Nunes ironizou a justificativa de Carvalho ao jornal O Estado de S. Paulo, que classificou a omissão como não intencional. "Ele omitiu informações importantes que, seguramente, teriam influenciado a indicação", disse Aloysio.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), discorda do colega e acredita que o fato de não haver descrição da ligação de Vinícius Carvalho com Simão Pedro tenha influenciado a indicação. "Currículo é uma coisa muito singular. Se for sem antecedente criminal, se isso não for provado, pode ser um simples esquecimento."

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revela que o presidente do Cade omitiu em ao menos quatro currículos oficiais ter sido chefe de gabinete do deputado estadual Simão Pedro, entre 2003 e 2004. O deputado é responsável, desde 2010, por representações que apontam suspeitas de irregularidades em contratos do Metrô de SP e da CPTM.

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