Centrão tem rodada final de negociações
Na cardápio, o interesse em Ciro Gomes (PDT), a nova aliança de Geraldo Alckmin (PSDB) e o isolamento de Jair Bolsonaro (PSL-RJ)
EXAME Hoje
Publicado em 19 de julho de 2018 às 06h48.
Última atualização em 19 de julho de 2018 às 07h10.
O bloco de partidos médios, o Centrão, se junta nesta quinta-feira para redesenhar os rumos depois de uma quarta-feira quente no noticiário político. Na cardápio, o interesse em Ciro Gomes (PDT), a nova aliança de Geraldo Alckmin (PSDB) e o isolamento de Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Nesta quarta-feira, o PTB anunciou formalmente o apoio a Geraldo Alckmin nas eleições de outubro. Antes dos adversários, a coligação chega a três partidos ainda que o PTB fosse uma carta quase óbvia na manga dos tucanos. Com mais um partido médio na conta, a candidatura do ex-governador de São Paulo chega ao limite de tempo de TV (25%) e completa sua missão de ter uma boa fatia na propaganda eleitoral.
Uma resolução rápida deste problema bota pressão nos demais partidos de centrão, pois a relativa “independência” da estrutura partidária pode tirar espaços da divisão de cargos em uma eventual vitória. O DEM, por exemplo, que traria ajuda fundamental aos tucanos, pode perder importância e deixar de levar uma possível vice-presidência ou grande ministério.
Em sua reunião no fim de semana com líderes do Centrão, Ciro Gomes deixou boa impressão, mas volta a escorregar na língua afiada. Como informou a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o ex-governador do Ceará chamou de “filho da puta” a responsável por um inquérito contra ele por injúria racial contra o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), do Movimento Brasil Livre. Trata-se de uma procuradora, que teve a identidade preservada.
Por fim, o PR entra de novo no radar dos partidos depois de se afastar de Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Além de rejeitado pelo senador Magno Malta (PR-ES), o deputado federal também recebeu um “não” do general Augusto Heleno (PRP) e está sem vislumbre de um nome para ocupar o lugar de vice na sua chapa. Por ora, restam-lhe 8 segundos de tempo de TV e as redes sociais. Os cerca de 45 segundos do PR voltam à mesa de negócio.