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Centrais sindicais comemoram PIB e criticam juros altos

Para a entidade, o crescimento do PIB é resultado, e não causa, do fortalecimento do mercado interno, do aumento do emprego com carteira assinada e das políticas públicas

Para centrais sindicais, a diminuição do desemprego é a real locomotiva da alta do PIB (Jorge Rosenberg/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 17h01.

Brasília - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) avaliou, em nota distribuída à imprensa, que o crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 seria ainda maior se os juros não fossem tão elevados. "O PIB de 2010 poderia ser ainda melhor e mais exuberante se as taxas básicas de juros não permanecessem na estratosfera - como insiste o Banco Central, haja vista a alta registrada ontem", diz a nota, assinada pela Executiva Nacional da CUT.

Para a entidade, o crescimento do PIB é resultado, e não causa, do fortalecimento do mercado interno, do aumento do emprego com carteira assinada e das políticas públicas. "Se o Estado brasileiro tivesse recuado diante dos reflexos da crise econômica de 2009, como aconselharam diferentes analistas e consultores, e se, naquele mesmo período, o movimento sindical cutista não tivesse resistido às propostas de flexibilização de direitos trabalhistas, o crescimento de 7,5% do PIB em 2010 não teria acontecido", diz a central.

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Força Sindical

Também em nota, a Força Sindical considerou "alentador" o crescimento do PIB, mas avaliou que a alta seria ainda maior não fossem os "patamares estratosféricos" da Selic. "O crescimento de 7,5% em 2010 irá beneficiar as negociações salariais, que envolvem milhões de trabalhadores, neste semestre, e poderá fomentar um ciclo virtuoso na economia, com o aumento do consumo da produção e do emprego", disse o presidente da Força Sindical deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP).

"O PIB poderia ser maior se as taxas de juros estivessem menores. O governo precisa entender que juros em patamares estratosféricos funcionam como uma trava para o setor produtivo. Infelizmente, os tecnocratas do governo insistem em se curvar ao capital especulativo. Somente no início deste governo tivemos duas altas consecutivas da taxa básica de juros", acrescentou.

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