Avenida Paulista: o policiamento está reforçado na região (Robson Leandro/ Flickr)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 11h49.
São Paulo - Cerca de 150 manifestantes, a maioria do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) estão concentrados no Largo da Batata, na zona oeste da cidade na manhã desta quinta-feira, 3, para seguir em marcha com 300 sem-terra que participam da Marcha Nacional em Defesa da Reforma Agrária desde o dia 8 de junho.
O ato, que conta também com o apoio dos metroviários e dos alunos e professores em greve da Universidade de São Paulo (USP), deve seguir em marcha até o escritório da Presidência da República, no número 2.163 da Avenida Paulista, na zona oeste, para entregar uma carta com reivindicações unificadas sobre reforma agrária, readmissão dos metroviários demitidos durante a greve, libertação do funcionário da USP Fábio Hideki, entre outras.
O policiamento está reforçado na região e alguns comerciantes começam a fechar as portas. O proprietário de uma loja de pesca esportiva que optou por fechar o estabelecimento disse que teme a ação de black blocs.
"Estou baixando as portas por garantia contra eles. Para mim, todo esse pessoal deveria arranjar um emprego", disse Edson Oliveira.
Cerca de 40 policiais fazem um cordão na frente dos bares e comércios. Outros se mantêm no entorno da praça. O clima é tranquilo e um carro de som toca músicas brasileiras.
Entre os manifestantes, há sem-teto fantasiados, crianças e idosos. Faixas com temas estão no chão do Largo da Batata, entre elas a readmissão dos metroviários e as ocupações do MTST.
De acordo com o coordenador do MTST Josué Rocha, os sem-terra que estão em marcha desde o dia 8 já saíram da USP, onde passaram a noite, e estão a caminho.
Além dos trabalhadores sem-teto, há metroviários que vieram para lutar pela readmissão dos funcionários durante a greve.
"Daqui a 5 dias, faz um mês que o governador fez essa covardia de demitir os trabalhadores. Um ato como esse só fortalece a nossa luta porque há solidariedade de outros grupos, como os sem-teto e os sem-terra", disse o secretario geral do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes.