Dengue: doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (Joao Paulo Burini/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 6 de março de 2024 às 20h56.
O estado do Rio de Janeiro tem 100.651 casos prováveis de dengue somente este ano, quase o dobro dos 51.494 registrados em 2023, segundo dados do Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da secretaria de estado de Saúde divulgados nesta quarta-feira.
A pasta faz um alerta sobre os riscos causados pela automedicação, que em casos de dengue, podem até agravar a doença.
— Os anti-inflamatórios, por exemplo, que são muito utilizados por pessoas que estão com dor de garganta e outros sintomas gripais, têm muitos riscos, principalmente pela possibilidade de sangramento. Com a dengue, a contagem de plaquetas tende a reduzir, aumentando o risco de hemorragia. Por isso, em caso de febre, dores no corpo e de cabeça, por exemplo, o paciente deve procurar atendimento médico, não a farmácia — destaca Daniela Vidal, médica e assessora técnica da subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária em Saúde.
O uso de remédios por conta própria em meio à epidemia de dengue preocupa as autoridades de saúde do Rio de Janeiro.
— Na lista dos anti-inflamatórios que devem ser evitados estão cetoprofeno, ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco e aspirina. Além deles, outros medicamentos contraindicados são os corticosteroides, como prednisona, dexametasona e betametasona— explica a médica Débora Fontenelle, assessora técnica da Superintendência de Vigilância Ambiental e Epidemiológica.
Para conseguir atender a demanda de pacientes com sintomas de dengue nas unidades de saúde, a secretaria estadual de Saúde ampliou o número de salas de hidratação em 11 das 27 UPAs da rede estadual.