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Caso Marielle: Conselho de Ética diz que processo de cassação de Brazão pode levar no mínimo 20 dias

Deputado avalia que ação precisa passar por prazos para definir quem será o relator e para a elaboração do parecer

Leur Lomanto Jr. preside sessão do Conselho de Ética da Câmara (Bruno Spada / Câmara dos Deputados/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 25 de março de 2024 às 20h01.

Última atualização em 25 de março de 2024 às 20h09.

O deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara, declarou que o pedido de cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (União-RJ) não terá um desfecho nos próximos dias e vai precisar seguir os trâmites do colegiado. De acordo com o parlamentar, a expectativa é que demore, no mínimo, 20 dias até o relatório sobre o caso estar pronto para votação.

"Tem o prazo de dez dias para o relator encaminhar o relatório e tem a escolha do relator ainda. Não dá para precisar, mas acho que 20 dias", disse o deputado sobre o tempo que a representação pode ser votada.

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O deputado, no entanto, ressalvou que "até a conclusão do parecer não tem como precisar quanto tempo exato" leva para o processo terminar.

Em paralelo a isso, a Câmara vai se reunir nesta terça-feira para decidir pela manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) que prendeu Brazão por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco .

"Amanhã é a deliberação sobre a prisão [ no Plenário ], manter ou não, a Câmara vai decidir. Depois é o processo de cassação em si, que foi a representação do PSOL que vai tramitar dentro do Conselho e depois precisa ser referendada pelo Plenário", disse Lomanto.

O deputado do União Brasil detalhou as etapas que a ação precisa passar no colegiado até ser votada.

"O primeiro passo é chegar no Conselho. Chegando, eu convoco uma reunião para o sorteio, são sorteados três nomes, a gente escolhe o nome, conversa com todos os sorteados, não tem prazo para escolha de nome. Ele [ o relator ] tem dez dias para poder entregar relatório, depois é apreciado o relatório, se há admissibilidade ou não da representação. Se houver, dá-se início a todo o processo em si."

Ele também declarou que existem sete ações contra outros deputados, que estão mais avançadas que a de Brazão e devem ter seus relatórios apreciados nos próximos dias.

"Temos sete representações que já foram designadas relator, estamos aguardando, temos duas prontas para deliberar e algumas estão aguardando, os relatores ainda não encaminharam o relatório."

O tratamento dispensado para o caso de Brazão não é inédito. A ex-deputada Flordelis, condenada como mandante da morte do marido, foi alvo de uma representação no Conselho que teve início em fevereiro de 2021 e o processo só foi votado sete meses depois.

Lomanto foi colega de partido de Brazão, que foi expulso ontem do União Brasil. O presidente do Conselho disse que prefere "não emitir nenhum tipo de opinião sobre o processo em si".

O parlamentar disse ainda que vai tentar convocar uma reunião do Conselho para a próxima quarta-feira, mas ele avalia que o feriado da Semana Santa deve impedir a sessão e que a próxima deve acontecer na semana que vem.

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