Casas avariadas pela chuva em Duque de Caxias são demolidas
De acordo com o prefeito Alexandre Cardoso, outras 30 casas avariadas pelo temporal e que apresentam risco aos moradores também serão demolidas até amanhã
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 20h20.
Rio de Janeiro – O poder público demoliu hoje (7) o que restava de dez casas em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os imóveis foram destruídos pela enxurrada na última quinta-feira (3) e estavam prejudicando o trabalho de remoção de entulho e limpeza dos rios.
De acordo com o prefeito Alexandre Cardoso, outras 30 casas avariadas pelo temporal e que apresentam risco aos moradores também serão demolidas até amanhã. Com o projeto de recuperação da margem do Rio Capivari, em um primeiro momento podem ser retiradas 150 casas, chegando a 300 com o projeto completo. Até o momento, já foram identificadas 80 casas que terão que ser demolidas.
“Tem casas que vão ser demolidas ainda que não tenham sido abaladas, porque fazem parte do projeto de recuperação da orla, é para o futuro. Eu acho que vão ter umas 150 famílias, eu acho que é o limite dos que vão nessa primeira leva”, explicou.
Cardoso disse que a situação é delicada, porque a defesa civil avalia as casas enquanto os moradores estão desesperados com a perda. “Nós estamos com o maior cuidado para o morador se sentir protegido, de mostrar a ele que a demolição é uma proteção à vida dele. Ele vai ter a compra assistida, o aluguel social. O que nós não queremos é criar a situação de 'ah, vou perder a minha casa', porque a casa é a referência da vida dela”.
Segundo o secretário de Defesa Civil do município, coronel Marcello Silva da Costa, até a tarde de hoje, foram recebidos 281 pedidos de vistoria de casas e efetuadas 203 vistorias, sendo lavradas 58 interdições e consolidadas dez demolições.
“Cada família está sendo procurada pelos profissionais do Inea [Instituto Estadual do Ambiente], com os quais estão conversando e colocando as suas dificuldades e mostrando os seus prejuízos. Ali tem um protocolo e é feito o registro das necessidades e é apresentado a ele o que pode ser feito e oferecido pelo governo, e eles vão assinando de acordo ou não”.
A presidenta do Inea, Marilene Ramos, lembra que essas casas ficam às margens dos rios e recebem o impacto de todo o material que desce da serra e das nascentes quando chove forte. O órgão já cadastrou 80 famílias de Xerém para participarem do programa de reassentamento.
“Esse programa já nos permitiu tirar 3 mil famílias na baixada e mais de 600 famílias na região serrana, sem nunca ter tido que usar força policial ou qualquer coisa assim na negociação, pagando a essas famílias um valor suficiente para que ela compre outra casa em uma área segura ou oferecendo uma unidade habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida”, explicou.
Marilena informa que as equipes do Inea estão desobstruindo os rios e já retiraram 30 mil metros cúbicos de lixo, lama, troncos e pedaços de rocha, “que se transformaram em verdadeiras barragens”.
Rio de Janeiro – O poder público demoliu hoje (7) o que restava de dez casas em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os imóveis foram destruídos pela enxurrada na última quinta-feira (3) e estavam prejudicando o trabalho de remoção de entulho e limpeza dos rios.
De acordo com o prefeito Alexandre Cardoso, outras 30 casas avariadas pelo temporal e que apresentam risco aos moradores também serão demolidas até amanhã. Com o projeto de recuperação da margem do Rio Capivari, em um primeiro momento podem ser retiradas 150 casas, chegando a 300 com o projeto completo. Até o momento, já foram identificadas 80 casas que terão que ser demolidas.
“Tem casas que vão ser demolidas ainda que não tenham sido abaladas, porque fazem parte do projeto de recuperação da orla, é para o futuro. Eu acho que vão ter umas 150 famílias, eu acho que é o limite dos que vão nessa primeira leva”, explicou.
Cardoso disse que a situação é delicada, porque a defesa civil avalia as casas enquanto os moradores estão desesperados com a perda. “Nós estamos com o maior cuidado para o morador se sentir protegido, de mostrar a ele que a demolição é uma proteção à vida dele. Ele vai ter a compra assistida, o aluguel social. O que nós não queremos é criar a situação de 'ah, vou perder a minha casa', porque a casa é a referência da vida dela”.
Segundo o secretário de Defesa Civil do município, coronel Marcello Silva da Costa, até a tarde de hoje, foram recebidos 281 pedidos de vistoria de casas e efetuadas 203 vistorias, sendo lavradas 58 interdições e consolidadas dez demolições.
“Cada família está sendo procurada pelos profissionais do Inea [Instituto Estadual do Ambiente], com os quais estão conversando e colocando as suas dificuldades e mostrando os seus prejuízos. Ali tem um protocolo e é feito o registro das necessidades e é apresentado a ele o que pode ser feito e oferecido pelo governo, e eles vão assinando de acordo ou não”.
A presidenta do Inea, Marilene Ramos, lembra que essas casas ficam às margens dos rios e recebem o impacto de todo o material que desce da serra e das nascentes quando chove forte. O órgão já cadastrou 80 famílias de Xerém para participarem do programa de reassentamento.
“Esse programa já nos permitiu tirar 3 mil famílias na baixada e mais de 600 famílias na região serrana, sem nunca ter tido que usar força policial ou qualquer coisa assim na negociação, pagando a essas famílias um valor suficiente para que ela compre outra casa em uma área segura ou oferecendo uma unidade habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida”, explicou.
Marilena informa que as equipes do Inea estão desobstruindo os rios e já retiraram 30 mil metros cúbicos de lixo, lama, troncos e pedaços de rocha, “que se transformaram em verdadeiras barragens”.