Carlos Velloso recusa convite e não será ministro da Justiça
O ex-ministro do STF cita pressão familiar e contratos de exclusividade com clientes de seu escritório de advocacia para não aceitar o convite de Temer
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 17h03.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 17h20.
São Paulo - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso recusou nesta sexta-feira, 17, o convite do presidente da República, Michel Temer , para comandar o Ministério da Justiça.
Ele havia sido escolhido para ocupar o cargo deixado por Alexandre de Moraes, indicado para ocupar uma cadeira no STF.
Na noite da quinta-feira, 16, ele havia dito ao jornal O Estado de S. Paulo que aguardava a resposta de clientes de seu escritório de advocacia para dar uma resposta ao presidente sobre o convite.
Segundo ele, para que não houvesse conflito de interesse. Caso assumisse o Ministério da Justiça, Velloso teria de deixar de atuar como advogado, seguindo o Estatuto da Advocacia. "Eu quero servir o meu país", disse Velloso na ocasião.
Segundo Velloso, ele havia transmitido a Temer, às 21h30 da quinta-feira, que estava "tentando afastar questões pertinentes a contratos" que exigiam a participação direta dele para dar a resposta definitiva ao presidente. A questão foi encaminhada para ser avaliada pelo setor de compliance da multinacional.
De acordo com o ex-presidente do STF, o prazo limite combinado com Temer para a decisão era esta sexta-feira.