Exame Logo

Cardozo pede equilíbrio para Lava Jato não parar obras

Ministro defendeu que haja "equilíbrio" para que a eventual punição das empreiteiras não impeça a continuidade de obras públicas

José Eduardo Cardozo: ministro evitou entrar em detalhes sobre a operação que investiga corrupção na Petrobras (Elza Fiuza/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 18h28.

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, defendeu nesta sexta-feira, 21, que haja "equilíbrio" para que a eventual punição das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não impeça a continuidade de obras públicas no País.

"É fundamental que quem praticou atos ilícitos seja punido, mas ao mesmo tempo temos que fazer com que a economia do País não seja atingida", disse Cardozo, classificando este como "um grande desafio".

"A legislação brasileira permite a possibilidade de combinarmos sanções duras e rigorosas com o saneamento necessário para que a vida econômica não seja atingida", disse Cardozo, ao deixar evento organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, na tarde desta Sexta-feira.

Ele evitou entrar em detalhes sobre a operação que investiga corrupção e pagamento de propina na Petrobras, sob o argumento de que é preciso, primeiro, punir "com provas". "Não podemos a partir de suposições ou indícios ter conclusões definitivas", disse Cardozo.

Nesta semana, o advogado de um dos investigados na Operação Lava Jato chegou a dizer que não se faz obra pública no Brasil "sem acerto".

A operação investiga executivos das principais empreiteiras do País, como a Construtora Camargo Corrêa, a OAS, a Mendes Júnior, a Engevix, a Galvão Engenharia, a UTC Engenharia, IESA e Queiroz Galvão.

De acordo com o ministro da Justiça, "como acontece em todo o canto do mundo", é preciso punir corruptos, mas ao mesmo tempo fazer com que a economia nacional não seja atingida.

Acesso à delação

O ministro chegou a dizer que o governo "tinha todo o interesse" em ter acesso às informações relativas à Lava Jato, sem mencionar diretamente o conteúdo da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.

A intenção, segundo o ministro, é tomar as medidas administrativas necessárias em relação a denunciados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo o conteúdo da delação, sem compartilhar os depoimentos com governo ou Congresso.

"Se o Judiciário entende que não é o momento para termos acesso a essas informações, temos que respeitar essas decisões", avaliou Cardozo.

O ministro apontou que a Polícia Federal está cumprindo seu papel com autonomia e defendeu que "sejam apenados no rigor da lei" aqueles que tiverem a culpa comprovada.

Veja também

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, defendeu nesta sexta-feira, 21, que haja "equilíbrio" para que a eventual punição das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não impeça a continuidade de obras públicas no País.

"É fundamental que quem praticou atos ilícitos seja punido, mas ao mesmo tempo temos que fazer com que a economia do País não seja atingida", disse Cardozo, classificando este como "um grande desafio".

"A legislação brasileira permite a possibilidade de combinarmos sanções duras e rigorosas com o saneamento necessário para que a vida econômica não seja atingida", disse Cardozo, ao deixar evento organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, na tarde desta Sexta-feira.

Ele evitou entrar em detalhes sobre a operação que investiga corrupção e pagamento de propina na Petrobras, sob o argumento de que é preciso, primeiro, punir "com provas". "Não podemos a partir de suposições ou indícios ter conclusões definitivas", disse Cardozo.

Nesta semana, o advogado de um dos investigados na Operação Lava Jato chegou a dizer que não se faz obra pública no Brasil "sem acerto".

A operação investiga executivos das principais empreiteiras do País, como a Construtora Camargo Corrêa, a OAS, a Mendes Júnior, a Engevix, a Galvão Engenharia, a UTC Engenharia, IESA e Queiroz Galvão.

De acordo com o ministro da Justiça, "como acontece em todo o canto do mundo", é preciso punir corruptos, mas ao mesmo tempo fazer com que a economia nacional não seja atingida.

Acesso à delação

O ministro chegou a dizer que o governo "tinha todo o interesse" em ter acesso às informações relativas à Lava Jato, sem mencionar diretamente o conteúdo da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.

A intenção, segundo o ministro, é tomar as medidas administrativas necessárias em relação a denunciados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo o conteúdo da delação, sem compartilhar os depoimentos com governo ou Congresso.

"Se o Judiciário entende que não é o momento para termos acesso a essas informações, temos que respeitar essas decisões", avaliou Cardozo.

O ministro apontou que a Polícia Federal está cumprindo seu papel com autonomia e defendeu que "sejam apenados no rigor da lei" aqueles que tiverem a culpa comprovada.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMinistério da Justiça e Segurança PúblicaOperação Lava Jato

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame