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Cardozo e Barbosa definem defesa de Dilma no Senado

Segundo o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), a maior preocupação nesse momento é que novos fatos não sejam incluídos no julgamento

Cardozo com Dilma: sobre a defesa, Cardozo disse esperar que ela possa ser feita na Comissão Especial do Impeachment, na primeira fase (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 15h21.

Em reunião com senadores governistas, nesta quarta feita (20), os ministros José Eduardo Cardozo (Advogacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Fazenda) reforçaram argumentos de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), a maior preocupação nesse momento é que novos fatos não sejam incluídos no julgamento do Senado, caso seja aceita a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente.

“Aqui no Senado há uma tentativa de ampliar o objeto, mas a notificação que o presidente do Senado encaminhou à presidente da República diz respeito a apenas dois itens”, ressaltou.

Pimentel se refere aos dois pontos que embasaram a autorização dada para abertura do processo de afastamento pela Câmara: atrasos no repasse de dinheiro aos bancos do governo para pagamento de programas sociais (as chamadas pedaladas fiscais) e decretos de liberação de crédito suplementar sem autorização do Congresso.

Sobre a defesa da presidente no Senado, Cardozo disse esperar que ela possa ser feita na Comissão Especial do Impeachment, na primeira fase, antes da apresentação do relatório sobre a admissibilidade do processo.

“Pelo que entendi, haverá um momento em que faremos a defesa na comissão especial. No Senado, nós temos um rito como o Supremo (STF) reconheceu – em que o direito de defesa é mais rígido do que aconteceu na Câmara, que tratou da aceitação do pedido de impeachment na comissão especial e no plenário” disse.

O advogado-geral da União reivindica também fazer a defesa de Dilma quando o mesmo relatório chegar ao plenário do Senado, que pode resultar no afastamento da presidente Dilma da função de chefe do Executivo por 180 dias.

Cardozo diz que a defesa trará novos argumentos. “Nós vamos incorporar as incongruências do relatório aprovado, as debilidades do relatório e, ainda, a sessão de julgamento com outras questões que devem ser colocadas”, adiantou, fazendo referência a sessão da Câmara do último domingo (17).

Sobre questionamentos sobre se a Advogacia-Geral da União poderia defender Dilma, Cardozo foi enfático.

“Basta ler a Lei da AGU para se ter o resultado de que o advogado-geral da União pode advogar em atos de quaisquer servidores, que sejam praticados no exercício profissional. O próprio presidente Fernando Henrique foi defendido pela AGU, Lula foi defendido pela AGU”, destacou.

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Em reunião com senadores governistas, nesta quarta feita (20), os ministros José Eduardo Cardozo (Advogacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Fazenda) reforçaram argumentos de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), a maior preocupação nesse momento é que novos fatos não sejam incluídos no julgamento do Senado, caso seja aceita a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente.

“Aqui no Senado há uma tentativa de ampliar o objeto, mas a notificação que o presidente do Senado encaminhou à presidente da República diz respeito a apenas dois itens”, ressaltou.

Pimentel se refere aos dois pontos que embasaram a autorização dada para abertura do processo de afastamento pela Câmara: atrasos no repasse de dinheiro aos bancos do governo para pagamento de programas sociais (as chamadas pedaladas fiscais) e decretos de liberação de crédito suplementar sem autorização do Congresso.

Sobre a defesa da presidente no Senado, Cardozo disse esperar que ela possa ser feita na Comissão Especial do Impeachment, na primeira fase, antes da apresentação do relatório sobre a admissibilidade do processo.

“Pelo que entendi, haverá um momento em que faremos a defesa na comissão especial. No Senado, nós temos um rito como o Supremo (STF) reconheceu – em que o direito de defesa é mais rígido do que aconteceu na Câmara, que tratou da aceitação do pedido de impeachment na comissão especial e no plenário” disse.

O advogado-geral da União reivindica também fazer a defesa de Dilma quando o mesmo relatório chegar ao plenário do Senado, que pode resultar no afastamento da presidente Dilma da função de chefe do Executivo por 180 dias.

Cardozo diz que a defesa trará novos argumentos. “Nós vamos incorporar as incongruências do relatório aprovado, as debilidades do relatório e, ainda, a sessão de julgamento com outras questões que devem ser colocadas”, adiantou, fazendo referência a sessão da Câmara do último domingo (17).

Sobre questionamentos sobre se a Advogacia-Geral da União poderia defender Dilma, Cardozo foi enfático.

“Basta ler a Lei da AGU para se ter o resultado de que o advogado-geral da União pode advogar em atos de quaisquer servidores, que sejam praticados no exercício profissional. O próprio presidente Fernando Henrique foi defendido pela AGU, Lula foi defendido pela AGU”, destacou.

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