Brasil

Capez aposta em cansaço dos estudantes para desocupar Alesp

Entradas estão bloqueadas pela Polícia Militar, impedindo a entrada da imprensa e de alimentos para os estudantes


	Fernando Capez, presidente da Alesp, proibiu entrada de comida para os cerca de 70 estudantes que estão ocupando o prédio.
 (Reprodução/Facebook)

Fernando Capez, presidente da Alesp, proibiu entrada de comida para os cerca de 70 estudantes que estão ocupando o prédio. (Reprodução/Facebook)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 12h29.

São Paulo - O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado estadual Fernando Capez (PSDB), apostará no cansaço dos estudantes que ocupam o plenário da Câmara desde a tarde desta terça-feira, 3, para esvaziar a casa.

A ocupação tem como objetivo pressionar os deputados a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a chamada "Máfia da Merenda", que desviou recursos da merenda escolar na rede estadual de ensino paulista.

O presidente da Casa decretou ponto facultativo aos funcionários e todas as entradas estão bloqueadas pela Polícia Militar. Nem a imprensa teve acesso ao plenário onde estão os estudantes.

A entrada de alimentos também foi impedida. Mesmo com as medidas, Capez afirmou que será pedida reintegração de posse à Justiça.

Cerca de 70 alunos ainda ocupam a Alesp de acordo com a assessoria da casa. Houve tumulto na terça-feira, e computadores foram depredados.

"Nós optamos, em vez de determinar a retirada dos estudantes, em procurar a Justiça. O espaço que está sendo ocupado impede o próprio funcionamento da Casa. À medida em que os alunos forem saindo, não retornarão", disse Capez. "Com essa estratégia de saturação, pretendemos recuperar o espaço sem necessidade de confronto."

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoPolítica no BrasilProtestos

Mais de Brasil

Justiça determina prisão de 98 anos a Renato Duque, ex-diretor da Petrobras

Prouni 2024: inscrições para vagas do 2º semestre começam na próxima terça, 23

Letalidade policia cresce 188% em 10 anos; negros são as principais vítimas, aponta Anuário

⁠Violência doméstica contra a mulher cresce 9,8% no Brasil, aponta Anuário de Segurança Pública

Mais na Exame