Cantareira deixa de ser principal sistema de abastecimento
Com seguidas reduções em sua capacidade de abastecer a Grande São Paulo, o sistema deixou de ser, pela primeira vez, o principal “produtor” de água da região
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2015 às 19h24.
Com seguidas reduções em sua capacidade de abastecer a Grande São Paulo , o Sistema Cantareira deixou de ser, em fevereiro – pela primeira vez desde a sua criação, em 1973 – o principal “produtor” de água da região metropolitana de São Paulo, posto assumido agora pelo Sistema Guarapiranga.
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), em fevereiro de 2015, o Cantareira produziu, em média, 14,03 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água, ante 14,49 m³/s do Guarapiranga, seguidos pelo Sistema Alto Tietê, que entregou 11,04 m³/s de água no período.
Na comparação entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a retirada de água do Cantareira teve uma redução de 56%, o que significa uma diminuição de 17,74 m³/s este ano – volume suficiente para abastecer aproximadamente 5,3 milhões de pessoas durante um mês.
De acordo com a Sabesp, o Cantareira, que antes do início da crise de abastecimento atendia a 8,8 milhões de pessoas, hoje produz água para cerca de 6,2 milhões de clientes.
O nível do Sistema Cantareira, que já havia subido no fim de semana para 12,3%, chegou hoje (9) a 12,9% do reservatório. Desde ontem (8), choveu 31 milímetros (mm) nas represas que formam o sistema.
A média pluviométrica para março é de 178 mm. Os outros reservatórios da região metropolitana de São Paulo também registraram elevação nesta segunda-feira. No Guarapiranga, o nível passou de 67,7% para 69,3%. Já o nível de armazenamento no reservatório do Alto Tietê alcançou 19,7%, ante 19,1% no dia anterior.