Candidatura de Lula à presidência é improvável, mas possível
Apesar das movimentações do "Volta, Lula", Dilma está quase certa de ser a candidata do PT este ano
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2014 às 14h41.
Brasília - É a frase do momento em Brasília, vista em cartazes e até em alguns parachoques: "Volta, Lula".
À medida que a presidente Dilma Rousseff despenca nas pesquisas para a eleição de outubro, crescem os pedidos para que seu popular antecessor e mentor assuma seu lugar como candidato do Partido dos Trabalhadores.
Lula, que liderou o país em uma fase de crescimento econômico entre 2003 e 2010, continua sendo de longe o político mais popular do Brasil. Seu dom lendário para desconversar e suas políticas pragmáticas são motivo de nostalgia para muitos investidores e outros frustrados com o estilo mais hermético de Dilma e sua mão pesada na economia.
O clamor pela volta do ex-metalúrgico de 68 anos ganhou apoio no Congresso, inclusive entre membros da coalizão de Dilma.
Vinte parlamentares do Partido Republicano assinaram um manifesto nesta semana dizendo que a liderança de Lula é necessária "neste momento de crise no Brasil e no exterior".
O líder do PR, Bernardo Vasconcellos, pendurou uma foto de Lula no escritório da agremiação e disse aos repórteres: "Não é que não queiramos ela (Dilma), queremos o Lula".
Fontes próximas dos dois líderes disseram à Reuters que, apesar dessas movimentações, Dilma está quase certa de ser a candidata do PT este ano, embora tenham se recusado a descartar totalmente o retorno de Lula.
Falando sob condição de anonimato, essas fontes atribuíram o movimento "Volta, Lula" a uma tensão pré-eleição natural e a arroubos de partidos que buscam favores antes do pleito.
Apesar de sua queda recente nas pesquisas, Dilma mantém uma vantagem de cerca de 15 pontos percentuais sobre seu adversário mais próximo, o senador mineiro Aécio Neves, do opositor PSDB, e continua muito popular entre os mais pobres.
Lula tem declarado repetidamente em público que não irá concorrer, mas apoiar Dilma.
Entretanto, quando indagada se existe algum cenário no qual Dilma se absteria de concorrer em outubro, uma fonte respondeu: "Só se houver uma catástrofe", recusando-se a entrar em detalhes.
Mas as autoridades do governo andam preocupadas com vários problemas em potencial antes da eleição, como uma nova desaceleração da economia, um fracasso na logística da Copa do Mundo e protestos violentos durante o torneio, semelhantes às manifestações de junho passado.
A CPI da Petrobras também pode trazer complicações, já que Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal de gás e petróleo antes de se tornar presidente.
O PT deve lançar oficialmente a candidatura de Dilma na convenção do partido em junho. De acordo com a lei eleitoral brasileira, o partido pode alterar a chapa até cerca de três semanas antes da votação de 5 de outubro.
O porta-voz de Lula, José Chrispiniano, disse por e-mail: "Nas eleições de 2014, Lula não será candidato. Será um cabo eleitoral da presidente Dilma Rousseff".
Brasília - É a frase do momento em Brasília, vista em cartazes e até em alguns parachoques: "Volta, Lula".
À medida que a presidente Dilma Rousseff despenca nas pesquisas para a eleição de outubro, crescem os pedidos para que seu popular antecessor e mentor assuma seu lugar como candidato do Partido dos Trabalhadores.
Lula, que liderou o país em uma fase de crescimento econômico entre 2003 e 2010, continua sendo de longe o político mais popular do Brasil. Seu dom lendário para desconversar e suas políticas pragmáticas são motivo de nostalgia para muitos investidores e outros frustrados com o estilo mais hermético de Dilma e sua mão pesada na economia.
O clamor pela volta do ex-metalúrgico de 68 anos ganhou apoio no Congresso, inclusive entre membros da coalizão de Dilma.
Vinte parlamentares do Partido Republicano assinaram um manifesto nesta semana dizendo que a liderança de Lula é necessária "neste momento de crise no Brasil e no exterior".
O líder do PR, Bernardo Vasconcellos, pendurou uma foto de Lula no escritório da agremiação e disse aos repórteres: "Não é que não queiramos ela (Dilma), queremos o Lula".
Fontes próximas dos dois líderes disseram à Reuters que, apesar dessas movimentações, Dilma está quase certa de ser a candidata do PT este ano, embora tenham se recusado a descartar totalmente o retorno de Lula.
Falando sob condição de anonimato, essas fontes atribuíram o movimento "Volta, Lula" a uma tensão pré-eleição natural e a arroubos de partidos que buscam favores antes do pleito.
Apesar de sua queda recente nas pesquisas, Dilma mantém uma vantagem de cerca de 15 pontos percentuais sobre seu adversário mais próximo, o senador mineiro Aécio Neves, do opositor PSDB, e continua muito popular entre os mais pobres.
Lula tem declarado repetidamente em público que não irá concorrer, mas apoiar Dilma.
Entretanto, quando indagada se existe algum cenário no qual Dilma se absteria de concorrer em outubro, uma fonte respondeu: "Só se houver uma catástrofe", recusando-se a entrar em detalhes.
Mas as autoridades do governo andam preocupadas com vários problemas em potencial antes da eleição, como uma nova desaceleração da economia, um fracasso na logística da Copa do Mundo e protestos violentos durante o torneio, semelhantes às manifestações de junho passado.
A CPI da Petrobras também pode trazer complicações, já que Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal de gás e petróleo antes de se tornar presidente.
O PT deve lançar oficialmente a candidatura de Dilma na convenção do partido em junho. De acordo com a lei eleitoral brasileira, o partido pode alterar a chapa até cerca de três semanas antes da votação de 5 de outubro.
O porta-voz de Lula, José Chrispiniano, disse por e-mail: "Nas eleições de 2014, Lula não será candidato. Será um cabo eleitoral da presidente Dilma Rousseff".