Brasil

Calor intenso atinge estados nas próximas semanas com temperaturas ‘muito acima’ da média

Alerta da MetSul prevê tempo mais quente nos estados do Centro-Sul a partir do final da semana

São Paulo SP 12/11/2023 Termometro marcando 39 graus na região da Praça da Sé.   Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil (Paulo Pinto/Agência Brasil)

São Paulo SP 12/11/2023 Termometro marcando 39 graus na região da Praça da Sé. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil (Paulo Pinto/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de dezembro de 2023 às 16h59.

Diversos estados brasileiros do Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste passarão por um “calor muito intenso” nas próximas semanas, alerta a MetSul Meteorologia. Segundo a análise dos especialistas, as temperaturas podem ultrapassar 40ºC e atingir marcas “muito acima da média histórica de dezembro”.

“A MetSul Meteorologia projeta para a metade deste mês o ingresso de ar muito quente nos estados do Centro-Sul do país, o que fará com que a temperatura dispare e alcance valores muito altos, inclusive ao redor dos 40ºC e acima dos 40ºC”, diz o alerta. Isso porque, continua, uma massa de ar muito quente vai se instalar sobre o Norte da Argentina e o Paraguai, expandindo-se para o Centro-Oeste e o Sul do Brasil.

A MetSul explica que, no Centro-Oeste, geralmente o período mais quente do ano acontece durante a primavera, no final da temporada seca, já que a ocorrência de chuva e maior presença de umidade entre dezembro e fevereiro costumam amenizar as temperaturas nesta época do ano.

Porém, a tendência é que, entre o final desta semana e o começo da próxima, os estados registrem dias mais quentes, sobretudo no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, com temperaturas “mais comuns de se observar nos períodos mais quentes da primavera do que em dezembro”.

As máximas nos dois estados citados chegam à casa dos 40ºC. Segundo a MetSul, o calor mais intenso pode atingir ainda o interior de São Paulo, onde, assim como no Centro-Oeste, nesta época do ano a chuva costuma evitar temperaturas muito altas.

No Sul, a expectativa é que, em particular no Rio Grande do Sul, a temperatura suba a partir de sexta-feira. “A sexta e o próximo fim de semana devem ser muito quentes no estado gaúcho com noites de temperatura alta e tardes de excessivo calor”, diz.

Muitas cidades podem registrar máximas entre 35ºC e 40ºC, com a possibilidade de alguns registros localizados acima de 40ºC. “A Grande Porto Alegre e os vales, por exemplo, podem anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”, continua a MetSul:

“Será uma incursão de ar muito quente que atingirá todo o Rio Grande do Sul e praticamente todo o Sul do Brasil. Mesmo localidades serranas, de maior altitude, devem ter calor excessivo no próximo fim de semana”.

Últimos meses bateram recordes

Segundo um levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas no Brasil ficaram acima da média histórica nos meses de julho a novembro. Em setembro e novembro, chegaram a ser, respectivamente, 1,6ºC e 1,5ºC acima do normal.

"A principal responsável por esse aumento da temperatura foi a onda de calor observada no mês de novembro, que foi semelhante a ocorrida em setembro, porém essa última foi mais abrangente e persistiu por doze dias seguidos de temperaturas acima da média", diz o Instituto em comunicado.

Além disso, o Inmet explica que, em 2023, grande parte do calor extremo pelo país também foi reflexo do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), "que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta".

No entanto, destaca que "outros fatores" também têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos. É o caso das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre por conta das emissões de gases do efeito estufa, diz o Instituto.

Acompanhe tudo sobre:CalorClima

Mais de Brasil

Veja como votou cada deputado na proposta do pacote de corte de gastos

TSE forma maioria para rejeitar candidatura de suspeito de envolvimento com milícia

Fim do DPVAT? Entenda o que foi aprovada na Câmara e o que acontece agora

IFI: governo precisa de superávits primários de 2,4% para estabilizar dívida pública