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Brasil 'tem que deixar de ser um país de maricas', diz Bolsonaro

Com a ameaça de uma segunda onda no país, presidente mostra insatisfação com as discussões sobre a doença

Presidente criticou foco direcionado à doença e recomendou que a situação seja "enfrentada" pelos brasileiros (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 18h46.

Com o mundo vivendo sob a sombra de uma segunda onda da pandemia de covid-19 , o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira 10, que o Brasil "tem que deixar de ser um País de maricas" e enfrentar a doença. O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

"Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas", disse em cerimônia no Palácio do Planalto.

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No Brasil , 5,675 milhões de pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus , e 162,6 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

Países da Europa , que assistiram a um agravamento da situação no início do ano --- antes mesmo de a doença chegar com força no Brasil --- voltaram a decretar medidas mais rigorosas de isolamento diante da segunda onda da doença."Aqui começam a amedrontar povo brasileiro com segunda onda. Tem que enfrentar, é a vida", afirmou o presidente.

Auxílio emergencial

Apesar de criticar a dimensão dada à pandemia, o presidente demonstrou preocupação com o fim do auxílio emergencial , programa de auxílio às famílias mais vulneráveis que custará R$ 322 bilhões e termina em 31 de dezembro deste ano. "Acaba o auxílio, como ficam quase 40 milhões de invisíveis, que perderam tudo?", questionou.

O governo tem buscado junto ao Congresso Nacional, uma reformulação do Bolsa Família que consiga ampliar o alcance do programa social e abrigar uma parcela desses "invisíveis", rastreados graças ao auxílio emergencial. Mas o quadro fiscal do governo tem sido um entrave, e o próprio presidente interditou debates sobre revisões de determinadas despesas consideradas ineficientes, como a do abono salarial (espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos e que poderia, se revisto, liberar até R$ 20 bilhões ao ano).

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