Covid-19: Brasil tem 690 mortes e maior média de casos desde agosto
Média móvel de casos por covid-19 no Brasil é a maior desde agosto com nova onda de contágios em todo o país. Neste sábado, foram 44.282 novos casos
Carolina Riveira
Publicado em 12 de dezembro de 2020 às 20h50.
Última atualização em 12 de dezembro de 2020 às 21h03.
O Brasil registrou 690 mortes pela covid-19 no boletim deste sábado, 12, e atingiu a maior média móvel de casos desde agosto, segundo o consórcio dos veículos de imprensa.
Os números são do balanço mais do consórcio formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.
O número de quase 700 mortes é considerado alto para um sábado; nos últimos meses, antes da alta recente de casos e vítimas de covid, os números em fins de semana costumavam ficar abaixo de 500 mortes.
A média móvel de mortes ficou em 643 neste sábado. O número registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana.
Foram ainda 44.282 novos casos no boletim deste sábado dentre os diagnosticados. A média móvel de casos nos últimos sete dias é de 43.414, a maior desde 17 de agosto.
Nesta sexta-feira, o Brasil ultrapassou a triste marca de 180.000 mortes por coronavírus.De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 6 milhões de pessoas pessoas se recuperaram da doença.
São Paulo segue sendo o estado que teve mais casos da doença -- foram 1,3 milhão de infectados e 43.971 mortes. Por causa do aumento de infecções, cidades do interior e do litoral estão retomando medidas adotadas no auge da pandemia, entre maio e julho deste ano.
Na rede estadual, levantamento obtido pelo Estadão aponta que dez hospitais já apresentam taxa de ocupação acima de 80%. Entre os privados, unidades de referência também relatam que o número de novos pacientes de coronavírus segue alto.
Corrida pela vacina
O governo federal divulgou novas informações sobre seu plano de imunização ao Supremo Tribunal Federal ( STF ). No novo plano, o Ministério da Saúde incluiu a projeção de que espera ter quase 300 milhões de doses de vacinas para imunizar nacionalmente a população ao longo de 2021.
Os números não incluem a Coronavac, desenvolvida com o Instituto Butantan. Na conta estão as doses negociadas com AstraZeneca/Oxford e futuras negociações com as parceiras da Covax Facility, aliança de vacinas da ONU.
As vacinas integrantes da Covax e a da AstraZeneca ainda não concluíram os testes e não foram submetidas à aprovação por agências internacionais. Ainda não se sabe quais vacinas da Covax serão aprovadas internacionalmente e poderão ser usadas pelo Brasil.
O governo cita ainda que está em fase de negociação com a Pfizer para a compra de 70 milhões de doses (a Pfizer não faz parte das vacinas inclusas na Covax). A vacina da Pfizer foi aprovada primeiramente no Reino Unido há duas semanas e, nesta sexta-feira, recebeu a aprovação da FDA, a “Anvisa americana”. O Reino Unido já começou a vacinar pessoas do grupo de risco e os EUA prometem começar a vacinação nos próximos dias.
As atualizações no STF vem após o governo federal ter sido pressionado por governadores a divulgar mais detalhes sobre como pretende imunizar a população e sobretudo após o governo de São Paulo anunciar a data de 25 de janeiro para o começo da vacinação com a Coronavac.