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Brasil ocupa 152ª posição em presença feminina na Câmara

De 190 nações, o país está no final da lista com apenas 54 mulheres para um total de 513 parlamentares (10,5%)

Representatividade feminina: a falta de deputadas mulheres se dá devido à falta de investimento em suas campanhas (Gustavo Lima/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de março de 2018 às 11h28.

Última atualização em 8 de março de 2018 às 11h28.

Rio - De um total de 190 países, o Brasil ocupa a 152ª posição no ranking de representatividade feminina na Câmara dos Deputados . São apenas 54 mulheres para um total de 513 parlamentares (10,5%).

O dado faz parte da pesquisa "Estatísticas de gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgada nesta quarta-feira, 7, pelo IBGE.

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Para chegar à comparação, o IBGE considerou compilação feita pelo organismo internacional União Interparlamentar. À frente do Brasil, estão países de diferentes perfis econômicos e sociais, como Ruanda (61,3%) - o primeira da lista -,Cuba (48,9%), Nicarágua (45,7%), Suécia (43,6%), Argentina (38,1%) e EUA (19,4%).

O País tem cotas para mulheres nas candidaturas. De acordo com a atual legislação, "cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo". Mas não há tanto apoio financeiro às candidatas femininas, então poucas se elegem, avalia o IBGE.

A pesquisa, divulgada na véspera do Dia Internacional da Mulher, mostra uma situação também desigual em outros campos da atividade profissional.

O porcentual de profissionais do sexo feminino que ocupam cargos gerenciais no País é de 37,8%; este número cai para 34,5% no caso de trabalhadoras pretas e pardas.

As mulheres ganham em média três quartos do salário dos homens, se ocupam mais de trabalhos com carga horária parcial e têm trabalhos por conta própria, uma vez que são sobrecarregadas por serviços domésticos e cuidados com filhos e idosos - a dedicação a essas tarefas é de cerca de 73% a mais de horas do que os homens.

A pesquisa mostra que o rendimento médio mensal entre os homens é de R$ 2.306, contra R$ 1.764 para as mulheres. Isso persiste ainda que a escolaridade feminina seja mais elevada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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