Bolsonaro já deu várias declarações homofóbicas ao longo dos anos (Isac Nóbrega/Agência Brasil)
Isabela Rovaroto
Publicado em 25 de abril de 2019 às 14h16.
Última atualização em 26 de abril de 2019 às 13h32.
São Paulo — O presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou nesta quinta-feira, 25, durante o café da manhã com jornalistas, a recusa do Museu Americano de História Natural de Nova York em sediar o evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos que o homenageia.
"Eu recebo (a homenagem) na praia, numa praça pública. Não é o museu que está me homenageando. O que houve foi pressão do governo local que é Democrata e eu sou aliado do (presidente dos EUA) Donaldo Trump", disse Bolsonaro.
Ele afirmou que, em novembro de 2009, começou a "tomar pancada do mundo todo" ao acusar o kit gay. "Eu comecei a assumir essa pauta conservadora. Essa imagem de homofóbico ficou lá fora", disse, afirmando que isso não prejudica investimentos. "O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias", disse.
Bolsonaro já disse em entrevistas que é “homofóbico, com muito orgulho” e que preferia ter um filho morto a um filho homossexual, entre outras declarações homofóbicas recorrentes em sua trajetória.