Carteira de Trabalho: apesar do sinal negativo, a análise da fundação é que, descontados os efeitos sazonais, a tendência é de aceleração da oferta de emprego na virada do ano (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 14h52.
Brasília - A abertura de postos de trabalho em 2012 caiu 35,78 por cento, chegando ao pior patamar desde 2003 se considerados os dados ajustados para o ano, após dezembro ter registrado mais fechamentos de vagas do que era esperado pelo mercado.
A criação de vagas no ano passado somou, em termos ajustados, 1,301 milhão de vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, ante o resultado de 2,026 milhões de vagas em 2011.
Em dezembro do ano passado, o Brasil eliminou 496.944 postos de trabalho, acima dos 402 mil vagas fechadas de acordo com pesquisa da Reuters.
Apesar de a oferta de vagas no mercado formal de trabalho ter diminuído em 2012 na comparação com 2011, ela continua em nível elevado, contribuindo para manter a taxa de dezembro em patamares mínimos históricos e em meio a um contexto de elevação dos rendimentos pagos aos trabalhadores.
Em novembro, a taxa de desemprego bateu novo recorde na mínima histórica, ficando em 4,9 por cento, ao mesmo tempo em que o rendimento médio da população ocupada subiu 0,8 por cento frente a outubro, somando 1.809,60 reais.
Esse desempenho levou alguns analistas a classificar o mercado de trabalho brasileiro como um paradoxal, por manter certo dinamismo em um ano de fraca expansão do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando-se como uma das forças motrizes da economia.
Economistas apontam que, se a economia brasileira não mostrar maior ritmo de crescimento a partir de agora, o mercado de trabalho em 2013 pode ser atingido, levando a uma desceleração ainda mais acentuada na oferta de vagas.