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Brasil cria grupo para expedir vistos de refugiados ganeses

Cerca de 300 ganeses aproveitaram a Copa do Mundo para entrar no país e solicitar refúgio; agora, buscam emprego, alimentação e alojamento

Passaporte: durante o Mundial foram emitidos 8.767 vistos a ganeses com validade de 90 dias (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 19h51.

Rio de Janeiro - O governo criou nesta quarta-feira um grupo especial de trabalho para acelerar a expedição de vistos temporários aos centenas de imigrantes ganeses que aproveitaram a Copa do Mundo para entrar no país e que terminaram solicitando refúgio, informou o Ministério da Justiça.

O grupo, integrado por funcionários dos ministérios de Justiça e Relações Exteriores, assim como por agentes da Polícia Federal, procura acelerar o atendimento dos cerca de 300 ganeses que se concentraram nos últimos dias na cidade de Caxias do Sul, aonde esperam a obtenção de refúgio e ofertas de emprego.

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As autoridades municipais desta cidade se viram transbordadas de trabalho para emitir a documentação necessária para regular a situação dos imigrantes africanos, assim como para oferecer-lhes alimentação e alojamento.

Os ganeses aproveitaram a decisão do Brasil de facilitar a expedição de vistos de turista aos torcedores que queriam vir ao país para acompanhar seleção de Gana durante a Copa e agora esperam obter o status de refugiado por razões humanitárias para permanecer no Brasil.

Segundo o Ministério da Justiça, durante o Mundial foram emitidos 8.767 vistos a cidadãos ganeses com uma validade máxima de 90 dias, mas o departamento da Polícia Federal só confirmou a entrada no país de 2.529 indivíduos desta nacionalidade, dos quais 1.132 ainda seguem no Brasil.

O grupo de trabalho especial criado pelo governo para acelerar a emissão dos documentos começará a operar no próximo dia 21 de julho nos postos da Polícia Federal.

Os 180 ganeses que solicitaram refúgio até agora no Brasil argumentam que sofrem perseguições políticas, étnicas ou religiosas em seu país. EFE

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