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Brasil contabiliza 79 votos na disputa da OMC

Para vencer a disputa, é preciso conquistar 80 votos do total de 159 da OMC


	Roberto Azevedo, candidato brasileiro à liderança da OMC: a expectativa é que no dia 8 ocorra a divulgação do resultado final da eleição.
 (Luke MacGregor/Reuters)

Roberto Azevedo, candidato brasileiro à liderança da OMC: a expectativa é que no dia 8 ocorra a divulgação do resultado final da eleição. (Luke MacGregor/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 16h03.

Brasília – A União Europeia define hoje (6) quem vai apoiar para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC): o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, ou o mexicano Herminio Blanco, de 62. Em meio às negociações, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que está otimista em relação à possibilidade de vitória de Azevêdo. Internamente, a contabilidade é que até ontem (5) o brasileiro tinha 79 votos.

Para vencer a disputa, é preciso conquistar 80 votos do total de 159 da OMC. Mas Patriota evitou detalhar as conquistas do brasileiro. “Não é o caso de entrarmos em especulações [sobre quantidade de votos]. É um momento sensível e é uma eleição que tem suas peculiaridades, pois não há uma eleição direta”, disse o chanceler. “Aguardamos com confiança. O candidato brasileiro tem todas as qualidades para o cargo.”

Na eleição da OMC, cada um dos 159 países, que integram o órgão, vota no nome de sua preferência. A escolha é feita em três etapas. Inicialmente, havia nove nomes e todos os candidatos concorreram. Na segunda etapa, encerrada no dia 25, ficaram cinco candidatos. Nesta última fase, são apenas dois na disputa.

De acordo com os negociadores brasileiros, a dificuldade atual está concentrada na União Europeia. Até o momento, os europeus votaram unidos, definindo que Azevêdo e Blanco deveriam disputar a última etapa da eleição. Mas não se sabe se na reunião que ocorre ao longo do dia de hoje será mantida a posição única, opinando para um dos candidatos, ou se os europeus vão autorizar que cada país vote livremente.

O esforço dos negociadores brasileiros, que estão entre Genebra (Suíça), onde é a sede da OMC, e Bruxelas (Bélgica), sede da União Europeia, é garantir que a posição única seja favorável a Azevêdo. A segunda hipótese é trabalhar para que os europeus liberem os votos dos 27 países que integram o bloco para que cada nação apoie o candidato que considerar mais preparado.

A expectativa é que no dia 8 ocorra a divulgação do resultado final da eleição. Mas amanhã (7) os candidatos serão informados, não oficialmente, sobre quem é o vitorioso. O novo diretor-geral da OMC tomará posse em 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy. Patriota concentrou os esforços no fim de semana em busca de apoio entre os europeus.

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