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Brasil e Bolívia assinam acordo para elevar geração de energia da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia

Acordos na área de energia estão sendo firmados durante visita de Lula ao país vizinho

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (e), durante reunião bilateralentre o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Arce  (Ricardo Stuckert / PR/Agência Brasil)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (e), durante reunião bilateralentre o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Arce (Ricardo Stuckert / PR/Agência Brasil)

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Publicado em 10 de julho de 2024 às 06h45.

Última atualização em 10 de julho de 2024 às 08h09.

Brasil e Bolívia assinaram, na terça-feira, 10, um acordo que permite a ampliação da produção de energia pela Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (em Rondônia), de 750 megawatts. A expansão pode ser comparada ao consumo de uma cidade de dois milhões de habitantes, segundo técnicos.

Jirau é a quarta maior geradora de energia do Brasil em capacidade instalada. Formada por 50 unidades geradoras, a usina se conecta ao sistema interligado nacional pela subestação Coletora Porto Velho.

A ideia é elevar o nível do rio até a cota 90 metros, um pleito antigo da hidrelétrica. Isso permite aumentar o rendimento das unidades geradoras e o volume de energia que a usina pode entregar ao sistema.

Essa usina produz muito durante o período de chuvas, mas pouco durante as secas porque não tem reservatório.

A medida foi acertada durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Santa Cruz de La Sierra.

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Outros dois atos foram firmados por representantes dos governos dos dois países. Um deles prevê a interconexão dos sistemas de transmissão e distribuição de energia, com o objetivo de fornecer energia a localidades ao norte da Bolívia, que hoje operam de forma isolada.

"Essa interligação com o Brasil ajudará a descarbonizar parte da Amazônia entre os dois países, além de dar mais segurança energética aos nossos vizinhos bolivianos — disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira".

Ele explicou que a interligação se dará entre as subestações Guajará-Mirim (RO/Brasil) e Guayaramerin (Bolívia), e entre as subestações Epitaciolândia (AC/Brasil) e Cobija (Bolívia).

O terceiro acordo permite a utilização da infraestrutura de dutos já existente no transporte de gás natural, por meio de um aditivo ao memorando de entendimento assinado em 2007. A medida, segundo os técnicos, beneficiará o mercado consumidor brasileiro.

A medida foi elogiada, em uma nota conjunta, por representantes do setor, como grandes consumidores de energia e indústrias química e de vidro. Para os usuários, será possível buscar nova oferta de gás natural boliviano sem a participação da Petrobras.

“A partir das conversas realizadas já será possível iniciar rodadas de negociação para contratação de gás boliviano e argentino sem a participação da Petrobras, o que será fundamental para aumentar a concorrência no mercado de gás, possibilitando maior liquidez, ajudando, inclusive a viabilização do gás natural vindo do pré-sal”.

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